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quinta-feira, 31 de março de 2011

SAÚDE, UM DEVER DO ESTADO

Dia da saúde, não posso deixar passar em branco, mas o que fazer para não repetir as mesmas críticas que tenho feito sistematicamente? Motivos não me faltam, hoje mesmo os jornais do meu estado estampam nas primeiras páginas: “Homem morre após esperar três dias por uma vaga na UTI”. Essa é a rotina, em algum lugar nesse país todo dia morre alguém por absoluta incompetência e irresponsabilidade do Estado.


A Constituição é a lei maior de qualquer Nação, na nossa está claramente e incontestavelmente escrito que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado, portanto é licito que qualquer um de nós acione judicialmente a União por descumprimento desta determinação constitucional. O que acontece é um verdadeiro jogo de empurra entre as três esferas do Executivo, não há uma responsabilidade claramente definida para cada um, então a União espera pelo Estado, que espera pelo Município, as definições existentes são dúbias e solenemente desrespeitada por todos e evidentemente quem paga a conta é o cidadão que depende do atendimento público.

De vez em quando aparece um salvador da pátria com seus planos mirabolantes, vejam agora, como não criticar o tão falado Projeto Rede Cegonha da Presidente Dilma? Que a nossa mandatária mor não entenda nada de saúde até compreendo, mas não posso crer que no Ministério da Saúde não existam técnicos competentes e corajosos o bastante para alertar ao Ministro e a Dona Dilma Rousseff que esse programa é totalmente irrelevante em se tratando de saúde pública. Os gastos com as milhares de ambulâncias , equipamentos e equipes especializadas no transporte das gestantes seriam muito mais úteis se investidos no pré-natal, na garantia das consultas, em exames, em medicamentos e em maternidades dignas, com equipe de obstetras, pediatras, anestesistas à disposição, não se admite mais que plantonistas de pronto-socorro fiquem responsáveis pelo atendimento às gestantes em trabalho de parto. Não se assustem, existe muito disso por aí.

Necessário são as maternidades de referência para as gestações de alto risco, que tenham UTIN com leitos suficientes para que os médicos não tenham que decidir qual criança deve ter chance de sobreviver. É desumano, é crime não dar a assistência correta aos nossos recén-nascidos. Até entendo a doação de enxoval para os bebês, mas isso é uma ação de assistência social, não tem nada a ver com saúde.

O que dizer das superlotação dos hospitais? As imagens de pacientes amontoados nos corredores já se tornaram tão comuns que os telejornais nem mostram mais, a não ser que morra alguém na fila, aí sim vira noticia nacional. Mães com crianças no colo por horas à espera de um atendimento, idosos arquejados pelo peso do tempo submetidos a dormirem na fila à espera de uma simples consulta, conseguir um especialista então é uma sorte grande, exames com meses de espera, cirurgias então nem pensar, verdadeiro sofrimento, humilhação, o povo mendiga por algo que lhes é de direito, a Constituição assim o diz, e a Presidente querendo fazer farra com ambulâncias para encher o bolso dos corruptos e criar factóide para a bajulação da imprensa comprometida.

Vou ousar sugerir à Presidente que mande seus técnicos levantarem o traseiro das poltronas do Ministério da Saúde e viajarem por esse Brasil para realmente conhecerem a nossa realidade, vai ficar surpresa com o tipo de saúde pública que o seu Criador disse ser de primeira qualidade.

Os grandes hospitais estão superlotados e a maioria na verdade não precisaria estar ali, esse é um grande gargalo e a solução não é tão difícil, é preciso vontade política , é preciso ações concretas que podem não trazer os holofotes, mas com certeza a saúde vai agradecer.

Investir e moralizar o Programa de Saúde da Família, fazê-lo funcionar corretamente resolve o problema da atenção básica que por si só resolve 80% dos problemas de saúde. Como responsáveis por todos os habitantes de seu território, a equipe do PSF têm que referenciar os casos necessários para a média complexidade. Aí entram os Pronto Atendimentos Municipais e outro problema, como não internam, após um período de observação de até 24 horas são obrigados a encaminhar para hospitais maiores os casos de internação por mais simples que sejam.

Por que não transformar os PAMs em pequenos hospitais municipais? Basta um pequeno corpo clinico composto de plantonistas, pediatras, clínicos gerais, um cardiologista, laboratório que pode ser próprio ou terceirizado e um Rx, seria suficiente para se internar e resolver doenças como pneumonias, gastroenterites, cólicas e infecções do aparelho urinário, acidente vasculares encefálicos isquêmicos e outras tantas afecções. Pacientes mais graves seriam referendados com vagas garantidas para hospitais regionais públicos, de responsabilidade do Governo estadual, que por sua vez encaminhariam as ações de grandíssima complexidade para os grandes hospitais que poderiam ser de responsabilidade estadual ou federal. Logo que possível esses pacientes fariam o caminho inverso, num sistema de contra-referência.

Propositalmente deixei de fora nessas simples sugestões os hospitais filantrópicos porque apesar de grande histórico de contribuição à saúde, hoje estão impossibilitados de atenderem dignamente os pacientes do SUS, os valores não são suficientes para cobrir as despesas e então começam a discriminar , sonegar vagas para pacientes com doenças crônicas que dão grande prejuízos. As chamadas Centrais de vagas deveriam solucionar esse problema, mas infelizmente não funcionam, não visitam os hospitais para comprovação das vagas, não há vontade política de denunciar as omissões. Há muito perdi minha fé na filantropia.

Finalizando Presidente Dilma Rousseff, tem muito o que ser feito pela saúde do povo brasileiro e não é com programas tipo Rede Cegonha, que pode até lhe render algum dividendo político, mas não melhora em nada a saúde pública desse país.

Blog do Dr. Marco Sobreira

terça-feira, 29 de março de 2011

NÃO COMPRAREMOS GATO POR LEBRE

By Marco Sobreira 


A semana iniciou com duas noticias sobre saúde pública, não vou nem mencionar a dengue porque a epidemia já virou rotina e nem rende mais manchetes nos jornais.

Mas vamos ao que me chamou a atenção, a Presidente Dilma foi a Belo Horizonte para implantar a Rede Cegonha, transporte em ambulância para a hora do parto, enxoval para os bebês de gestantes que fizerem o pré-natal na rede pública. Nada contra, embora o importante mesmo é que se garanta as 07 consultas na gestação, exames, ultrassonografia, medicamentos e o mais importante, garantia de vaga na maternidade que deve ter assistência pediátrica e UTIN caso seja necessário, isso sim, seria um grande avanço. A tal rede cegonha vai necessitar de milhares de ambulâncias, para a felicidade de fabricantes, intermediários e os larápios dos tradicionais 10% de comissão, vai ser uma festa.

Será preciso equipe para acompanhamento da parturiente e pela minha experiência posso garantir que as Prefeituras terão que arcar com essa responsabilidade e aí o programa vai começar a fracassar. As pequenas cidades ficarão fora, como fora estão do programa de transporte de urgência ( SAMU ) , que só funciona nas capitais e grandes cidades, assim mesmo com falhas tão freqüentes que a população nele não acredita.

As prefeituras já não agüentam mais bancar a grande parte da saúde pública nesse país e aí está a razão da segunda noticia do dia, “CORRUPÇÃO NO PSF”.
Médicos estão cadastrados em várias equipes do programa e em apenas 40% dos municípios cumprem a carga horária de oito horas/dia. Nenhuma novidade, estamos cansados de denunciar os problemas do PSF, a matricula em várias equipes geralmente ocorre não por corrupção do médico e sim do Secretário de Saúde que não quer perder o repasse do recurso , mantém o cadastro do profissional, e como nem sempre arranjam substitutos com facilidade, já que o salário há muito deixou de ser convidativo, demoram em retirar o nome do médico da equipe. Não seremos bodes expiatórios, não vamos deixar que joguem em nossas costas a culpa da irresponsabilidade dos gestores.

A carga horária correta só é cumprida onde se paga o salário justo , para isso é necessário que o Município invista recursos próprios no programa , o que infelizmente não ocorre porque preferem pagar menos, não cobrar horários e assim um bom programa de saúde pública vai caminhando para o descrédito.

Na pressa de cumprir o que prometeu em campanha a Presidente Dilma Rousseff vai implantando sua rede cegonha, faz festas, discursos, até já diz que vai fazer mais que o seu criador, esquecendo que antes é preciso evitar que brasileiros morram de dengue, que não falte remédios para as crianças e idosos, que o povo não morra nas filas dos hospitais públicos e os bebês por falta de UTIN. Não venha nos vender gato por lebre, há muito não acreditamos em Papai Noel, Saci Pererê, mula sem cabeça, cegonhas e milagreiros, é hora de governar Presidenta.

By Marco Sobreira 

domingo, 27 de março de 2011

Crime no Ceará – Falta de medicamentos



Desculpem adiantar algumas das notícias da semana, mas ao tomar conhecimento neste domingo do absurdo que está acontecendo no Ceará, conforme reportagem da TV Verdes Mares tomei a liberdade de denunciar de forma urgente, pois dependem vidas, o verdadeiro crime que a Secretaria Estadual da Saúde está cometendo com pacientes de hepatite que foram transplantados de fígado. Estou totalmente revoltado com a situação.

Absurdamente alega a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará que os pacientes que não estão recebendo os medicamentos são aqueles que não atendem aos protocolos clínicos indicados pelo Ministério da Saúde.

Pelo amor de Deus! Uma pessoa é transplantada pelo estado por culpa da hepatite e depois do transplante não recebe mais atenção por parte do próprio estado. Ao se negar os medicamentos receitados pelos médicos estão simplesmente o condenado a morte. Isso é pura e simplesmente um homicídio, claramente caracterizado pelo Código Criminal no seu Artigo 132.

Recomendo aos pacientes prejudicados que procurem imediatamente a Delegacia de Policia onde se encontra a secretaria da saúde e, invocando o Artigo 132 do Código Penal, que condena quem "EXPOR A VIDA OU A SAÚDE DE OUTREM A PERIGO IMINENTE" (falta de medicamento ou interrupção do tratamento coloca a vida do paciente em risco) registrem denuncia policial contra o secretário estadual da saúde, informando seu nome e endereço de trabalho. 

Devem levar a receita e falar diretamente “O secretário da saúde me quer matar”.

A delegacia será obrigada a registrar um Boletim de Ocorrência e abrir processo criminal contra a pessoa física do secretário da saúde, não contra o estado.  Quero então ver se ele vai ter coragem de enfrentar uma dúzia de denuncias por tentativa de homicídio.  Com certeza vai sair correndo a entregar os medicamentos.

Ministro Alexandre Padilha, por favor, intervenha na secretaria de saúde do Ceará. Evite que por ignorância cometam homicídio.


Carlos Varaldo
Nota do Blog:

Francisca Agrimeire Leite  é a coordenadora  do ABC VIDA - Associação Cearense de Portadores de Hepatite C.
AGRIMEIRE MINHA FLOR, CONTE COM NOSSO APOIO!
Telma Alcazar
MegLon
Londrina

quinta-feira, 24 de março de 2011










Conheci Telma, desde que fui dagnosticada também com cirrose hepatica, aqui em Londrina..Estes dias não está bem, mas não desiste de fazer apêlos, denunciar a fragilidade do programa de Hepatite C. Como Enfermeira Sanitarista, trabalhndo no SUS vejo com muita razão suas criticas e observações. Até eu mesma, dentro do SUS fiquei a deriva com sinais e sintomas cronicos da doença anos..., sintomas e clinica tão diferente das outras hepatites que têm um perfil mais agudo na manifestação do quadro clinico.
Mulheres sendo supreendidas com a doença, em consultorios de ginecologia, com hemorragias e quando tem algume médico que conhecer algo sobre o assunto supõe o diganostico. Comigo não aconteceu assim, sangramentos leves na pele, caimbras, e finalmente edemas linfaticos que chamaram a minha atenção, apesar de sempre ter ido com quiexas de caimbars horriveis, mãos aavermelhadas sugerindo lesão hepática, sangramentos na pele.... Ai você fica prá lá e prá cá- Hepatite C não está inserida no olhar da clinica da Atenção Básica. e nen em muitos consultorios de especialistas (caimbaras, vai no especilaista e ele não pensa em lesão hepática?)

Campanhas de hepatite, num so pacote, nao garante diágnóstico precoce da doença, certamente.
Quantos médicos perguntam a uma mulher, no caso de saangramentos, caimbras se ela já tomou alguma Transfuusão de Sangue no passado e outros itens?
Confundida como hepatie de alta transmissão sexual, quando na verdade está ligada a transfusõeses de sangue, tatuagens, piercings, em ambientes não qualificados e transmisão via seringas em usuários de drogas...
Mas hoje ninguém pergunta quase nada a ninguem na clinica. Onde está a clinica ? Sem anamnese qualificada voce vai ficar por muito tempo com seu fígado deteriorando.....
]
Telma , tem razão, quando será que  o Ministro da Saúde vai ouvir os portadores e doentes de Hepatite C?
Ambulatorios desanimadores, aqui em Londrina, num prédio deprimente, num corrdor com teto com buracos, consultas protocolares, msem u olhar humanizador, sem mutoi tempo para conversar, ....
E a Telma, até fica decepacionada porque eu não me lanço de maneira ativa nesta questão...
Trabalhei  quase 40 anos na Saúde pública no Brasil, como Sanitarista e Enfermeira Obstétrica...Vi que a sustentativlidade do SUS está muito mais no idealimmmmmsmo de alguns profissionais de saúde , mas do que nos ´protocolos, normas e procedimentos., gerencia, avaliação do atendimento. Mas idealimso de agluns não sustenta programas......Quando o idelaista sai, o programa morre.
No SUS em  muitas Regionais trabalhei por 3 Enfermeiras....cansei,  me esgotei, corri risco e um dia fui acidentada com um tubo de sangue, por pressa, por falta de pessoal.....Por isto fico um pouco a distância, Fazendo minhas fala na Internet....pois sei que como humanista, nas ações de promoção humana, talvez possa mostrar que o mundo, o SUS a politica de Saúde não melhorará se não melhorar o intimo dos seres humanos.
Alguém está tão interessado nisso mesmo?. Falta que tipo de vontade? Penso que vontade humana...Humanizaação, interesse real pelo ser humano, igualzinho nos outros programas, mas com especificidade para alguns..Tratar um agravo de tal dimensão de maneira uniforme, é um erro... deixou a propria Telma e muito outros pacietnes com diagnóstico tardio e  gravemente doente; e eu supreendida na aposentadoria com cirrose hepática. Adquirida há 38 anos na Amazõnia, no acidente de trabalho que preciso investigar ou  na transfusão de sangue tomada em Curitiba numa metrorragia em 1991?
Um desabafo, e uma ato de solidariedade ao esforçop de uma Mulher que devemos ter respeito, entender suas angústias e até sua irritação causada pelo desgaste constante em desejar melhor visão e atençao ao pacientes e portadores de Hepatite C.
No Mes de Marçp temos que pensar em mulheres que lutam e fazem a diferença. Telma é uma delas.
Alô Ministro da Saúde, dá para atender os pacientes portadores de Hepatie C? 

Sônia -> TERNURA DE DEUS

Socializando andamento PL-02672/2003

Socializando movimentos acontecidos em Projetos de Lei de nosso interesse direto.

O PL-02672/2003 quer alterar na Lei nº 9.313, de 13 de novembro de 1996, que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos aos portadores do HIV e doentes de AIDS, conhecida colo Lei Sarney e que resultou no programa de AIDS, para incluir nesse beneficio os portadores dos vírus das hepatites, os doentes com hepatites crônicas e com fibrose cística.

No dia 23 de março foi designado Relator o Dep. Rui Palmeira (PSDB-AL) da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) ficando aberto o prazo de cinco seções ordinárias para o recebimento de emendas.


Já em relação ao PL-07445/2010 originado no Senado pelo Senador Flavio Arns e pelo qual tanto lutamos e altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), que tinha sido aprovado em caráter conclusivo pelas respectivas comissões e deveria ter sido enviado para sanção da presidente da republica, teve em 9 de fevereiro requerimento do Deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) para que não seja respeitado o rito e que antes de ir a sanção presidencial fosse apreciado pelo plenário.

Em 16 de março o Deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), solicitou a retirada de tramitação do recurso apresentado pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e vários parlamentares passaram a solicitar a retirada da assinatura em tal requerimento.

Finalmente, no dia 23 de março a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados determinou despacho do seguinte teor: "DEFIRO, nos termos do art. 104, caput e § 2º, c.c. o art. 114, VII, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o pedido de retirada do Recurso n. 2, de 2011. Publique-se.

Carlos Varaldo

O Grupo Otimismo e o MegLon são afiliados a AIGA - ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO - www.aigabrasil.org

domingo, 20 de março de 2011

Calculando a possibilidade de cura no tratamento da hepatite C

Todo paciente infectado com hepatite C ao receber a indicação de tratamento com interferon e ribavirina pergunta ao médico qual a possibilidade de cura. O médico pode estimar levando alguns fatores e características do paciente em consideração, mas nunca poderá dar um prognostico 100% seguro.

Acaba de ser publicado no "Journal of Viral Hepatitis" um estudo retrospectivo observacional multicêntrico realizado com 2.378 pacientes tratados na Alemanha em condições de "vida real" (não inclui ensaios clínicos patrocinados pelos fabricantes) entre os anos 2000 e 2007 utilizando os dois interferons peguilados, o Pegasys e o Pegintron, combinados com a ribavirina.

Para assegurar a comparabilidade os 2.378 pacientes foram divididos 1.189 pares combinando diversas variáveis observadas antes do inicio do tratamento, sendo que um dos pacientes integrantes desses pares foi tratado com Pegasys e o outro com Pegintron. A regressão logística univariada e multivariada foi utilizada para determinar o efeito das variáveis iniciais e a modalidade do tratamento no resultado da resposta sustentada.

No total dos pacientes 57,9% obtiveram a cura (resposta sustentada), sendo de 46,5% nos pacientes com genótipos 1 e 4. Nos genótipos 2 e 3 a cura chegou aos 77,3% dos pacientes.

Em ordem de importância como predictores positivos de possibilidade de sucesso com o tratamento ficou em primeiro lugar a infecção com o genotipo 2 da hepatite C, seguida do genotipo 3, da carga viral baixa antes do inicio do tratamento e o tratamento utilizando o Pegasys.

Também em ordem de importância como fatores negativos para conseguir a cura os autores encontraram a idade superior aos 40 anos, nível elevado da transaminase GGT e plaquetas abaixo de 150.000.

Concluem os autores que entre os pacientes tratados com interferon peguilado e ribavirina o genotipo presente, a carga viral antes do inicio do tratamento, a idade, o nível da GGT e a contagem de plaquetas são os fatores que o médico deve utilizar para poder prognosticar aproximadamente a possibilidade de sucesso de seu paciente ao indicar o tratamento.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Estimating the likelihood of sustained virological response in chronic hepatitis C therapy - Mauss, S.; Hueppe, D.; John, C.; Goelz, J.; Heyne, R.; Moeller, B.; Link, R.; Teuber, G.; Herrmann, A.; Spelter, M.; Wollschlaeger, S.; Baumgarten, A.; Simon, K.-G.; Dikopoulos, N.; Witthoeft, T. - Journal of Viral Hepatitis, Volume 18, Number 4, April 2011 , pp. e81-e90(10).

Carlos Varaldo

quarta-feira, 16 de março de 2011

Fila de Espera no estado do Espirito Santo

Cidadãos(ãs) Brasileiros(as), 

Neste momento há pessoas que agonizam em filas intermináveis à espera por um DOADOR DE ÓRGÃOS, para continuarem sobrevivendo.

Declarar que é doador para a Família, ainda assusta muita gente, que não fará mais nada com seus órgãos depois da morte.

Mas tem gente que até pensa que se declararem que são doadores, estarão abreviando a sua própria morte, que pena.

Ninguém com vida plena e com saúde, pensa no assunto e muito menos em morrer é claro. Mas isso vai acontecer, mais dia menos dia e todos vamos terminar nossa passagem por esta vida.

Então, que tal deixarmos uma grande contribuição ao nosso próximo. Lembram-se "Amar ao próximo como a ti mesmo"

Nosso apelo é para que vocês reflitam e decidam por declarar às suas famílias que são "Doadores de Órgãos"

Vejam o filme anexo, são só 45 segundos.  (Depois, repassem se desejarem. Assim, formamos uma corrente)

"Associação de Apoio aos Pacientes da Fila de Transplantes de Órgãos e Transplantados do Espírito Santo - Pró-Vidas Transplantes"
                                                                           www.providastransplantes.com.br

Transplante renal é um recomeço

Em 2010, o Brasil realizou 6.402 transplantes de órgãos e 4.630 deles foram de rim. Se comparado ao mesmo período de 2009, houve um crescimento de 8% nos números desse procedimento.
Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Com uma incidência tão significativa de pessoas que se submetem a esta cirurgia, é importante saber mais sobre o transplante renal e quais os cuidados que os transplantados precisam ter.
Sem contar que, em média, o paciente pode esperar quatro anos na fila do transplante. Isso acontece porque a "escolha" do órgão é baseada na compatibilidade.
Assim, algumas pessoas são transplantadas em poucos meses, enquanto outras aguardam muito tempo por um rim compatível e permanecem em diálise por anos. Quando se tem um doador vivo familiar não há espera pelo transplante.
"Se o diagnóstico é precoce a intervenção cirúrgica pode ser feita antes mesmo do início da diálise, o que possibilita uma taxa de sucesso ainda maior", diz o nefrologista José Osmar Medina.
O transplante renal é um método efetivo de tratamento da insuficiência renal crônica, promovendo melhora na qualidade de vida dos pacientes. Antes da sua realização, o paciente deve se submeter a diversos exames para assegurar que está em condições de passar pelo procedimento cirúrgico.
"Os cuidados são para garantir a melhor compatibilidade com o doador, minimizando assim, a possibilidade de rejeição do novo órgão", explica o nefrologista Reginaldo Carlos Boni.

Cuidados específicos são necessários para que o transplante mais frequente do Brasil seja bem sucedido.




Nova realidade

Doenças, como diabetes, hipertensão arterial, infecções urinárias recorrentes, cálculo renal e malformações podem levar à insuficiência renal crônica. O diagnóstico  precoce e o tratamento adequado são fatores importantes que podem interferir na velocidade com que algumas dessas doenças evoluam para a insuficiência renal, ou ainda, minimizar os efeitos causados por elas.
Dentre os sinais e sintomas da doença renal podemos destacar aumento da pressão arterial, fraqueza para atividades que antes eram feitas de forma rotineira, pele descorada (anemia), edemas (inchaço ao redor dos olhos e de extremidades), perda de apetite e alterações do hábito urinário (mudança de cor da urina, urina espumosa).
A indicação do transplante de rim deve ser feita por um nefrologista em pacientes com perda irreversível da função renal. O paciente que vai ser transplantado passará a conviver com uma nova realidade, antes ocupada por sessões de diálise (peritoneal ou hemodiálise).
"Esse novo momento exige cuidado e compromisso, tanto na alimentação quanto na utilização correta dos medicamentos", reconhece Boni, salientando que seu cotidiano muda, surgem dúvidas e, algumas vezes, o temor pela perda do rim transplantado.
O médico ressalta que o apoio familiar é muito importante, além da clareza de que, caso ocorra a rejeição, esta poderá ser tratada. O transplante possibilita, na maioria das vezes, a reinserção do paciente no mercado de trabalho.
Mudanças de hábitos de vida são fundamentais, como manter uma alimentação saudável e balanceada, reduzir a ingestão de gorduras e açúcares, e evitar o fumo e bebidas alcoólicas.

Rejeição

Depois do transplante, o novo rim pode começar a funcionar imediatamente e a diálise não será mais necessária. Porém, é possível que o órgão transplantado demore algumas semanas a executar perfeitamente suas funções e, nesse caso, a diálise ocorrerá até o seu funcionamento adequado.
Normalmente, o paciente tem alta alguns dias após a cirurgia, porém os cuidados já começam no hospital. Para garantir o sucesso do procedimento, o transplantado deverá seguir à risca as recomendações do médico, tomando corretamente suas medicações, respeitando doses e horários, e realizando os exames que forem solicitados a cada consulta. "Essa é a única forma de avaliar o funcionamento do órgão", orienta o nefrologista.
É importante também que o receptor compareça em todas as consultas de retorno agendadas, que logo após o transplante serão frequentes, mas, com o tempo, se tornarão mais espaçadas.
O especialista alerta que, além disso, caso tenha febre, diminuição da quantidade de urina, dor no local da cirurgia e outros sintomas que não apresentava até então, a pessoa deverá procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Quanto à rejeição, que pode ocorrer com maior frequência nas semanas iniciais depois do transplante, existem maneiras de preveni-la e tratá-la. São utilizados medicamentos imunossupressores que evitam que o sistema imunológico reaja contra o novo rim, inibindo a proliferação celular e a produção de anticorpos.

Mais sobre o transplante

O transplante - É um procedimento que coloca um rim saudável de outra pessoa em seu corpo. Esse novo rim faz todo o trabalho que seus dois rins doentes não podem fazer.
Novo rim - Pode começar a trabalhar imediatamente ou pode levar algumas semanas para funcionar. Seus próprios rins permanecem onde eles estão, a menos que estejam causando infecção ou hipertensão.
Doadores - Você pode receber um rim de um membro de sua família, de uma pessoa que morreu recentemente e, às vezes de um cônjuge ou amigo (doador vivo-não relacionado).
Compatibilidade - É muito importante que o sangue e tecidos do doador sejam compatíveis com o seu. Isso ajudará a impedir que o sistema imunológico de seu organismo passe a agredir, ou rejeitar, o novo rim.
Tempo de espera - O tempo varia. Não há número suficiente de doadores para todas as pessoas que precisam de um transplante. Se um parente lhe doa um rim, o transplante pode ser feito mais cedo.
Cirurgia - A operação dura de 3 a 6 horas. O internamento pode durar de 5 a 10 dias. O transplantado deve voltar ao ambulatório para visitas de acompanhamento regulares.

Direitos do paciente


Foi determinado através de lei federal que todo paciente renal crônico tem direito de realizar gratuitamente seu tratamento de diálise ou o transplante renal. Além disso, foram determinadas as condições mínimas que devem existir em um centro de diálise ou em um serviço de transplante, que permitirão o bom funcionamento e a boa qualidade do tratamento.

Essas mesmas leis lhe dão direito ao fornecimento de medicamentos básicos e essenciais para o tratamento de doenças que normalmente acompanham a insuficiência renal, como por exemplo medicamentos para o tratamento da anemia, da doença nos ossos e da rejeição ao transplante.

É importante que o paciente (ou seus familiares) procure sempre discutir com o médico o quadro geral da sua saúde e como o atendimento está atuando junto às secretarias de Saúde de cada Estado.
 
 
 

Lançamento do Ci.Fu.De


Campanha CI.FU.DE

Assista, Participe, Divulgue. Uma campanha pelo bem da democracia.Use o tag #cifude e acompanhe @cifude_ no twitter

Moradores vão recorrer ao MP por melhorias na UBS do Jardim Leonor em Londrina

A Associação de Moradores do Jardim Leste-Oste vai protocolar uma ação civil pública no Ministério Público (MP) de Londrina até terça-feira (8) da próxima semana. Eles não aguentam mais a situação em que o Posto de Saúde 24 horas do Leonor se encontra nos últimos meses. "Vamos aclamar judicialmente por melhorias", afirmou Eloir Rodrigues, representante da associação.

A iniciativa visa chamar atenção para o problema no sistema de saúde de Londrina. Os moradores Leonor, Bratac, Bandeirantes, Leste Oeste e Olímpico se uniram desde janeiro na luta pela contratação de médicos e pelo não fechamento do Unidade Básica de Saúde (UBS). "Temos um abaixo-assinado com quase três mil assinaturas. Mesmo assim queremos um aparato legal para conseguir tais medidas. Não vamos esperar o interesse político de alguns", argumentou Rodrigues.
Na última quarta-feira (23), representantes do movimento pró-saúde da zona oeste de Londrina denunciaram o fechamento da UBS 24 horas do Jardim Leonor por 12 horas, das 19h de terça-feira (22) até às 7h de quarta. "A situação está feia faz tempo. Ontem parecia até uma fila de cinema. Temos que enfrentar essa situação logo", comentou o presidente da associação do Jardim Leste-Oeste, José Carlos Gonçalves do Santos.

Retirados de pauta

Os cinco projetos de lei referentes à saúde protocolados na última terça-feira (22) pelo prefeito Barbosa Neto, na Câmara Municipal de Londrina, sairam de pauta na sessão desta quinta-feira (24). A retirada foi a pedido do prefeito, atendendo solicitação dos membros do Conselho Municipal de Saúde, que estiveram reunidos pela manhã e apresentaram ofício no início da tarde.
Os membros da comissão executiva da Comissão Municipal de Saúde, Ministério Público e Conselho Regional de Medicina realizarão na segunda-feira (28), às 19 horas, uma nova reunião extraordinária para avaliar os projetos.
 
http://londrina.odiario.com/londrina/noticia/396144/moradores-vao-recorrer-ao-mp-por-melhorias-na-ubs-do-leonor/

terça-feira, 15 de março de 2011

Parada Gay 2011

 Neste evento, as homossexuais como gays, lésbicas, transformistas e outras variantes do universo arco-íris, se encontram para celebrar não apenas o orgulho de ser gay como a reivindicação por mais direito a vida e ao respeito.

“A Prefeitura de São Paulo investe pesado na organização do evento porque segundo Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, o dia já é uma marca no calendário mundial e atrai turistas de todos os lugares do mundo, gerando muitos recursos para a cidade.”

O que devemos analisar nesse momento é, se o poder publico de São Paulo investe forte, se o Ministério as Saúde libera patrocínio para a FESTA. Onde está o lucro da “Festa”?

Devemos pensar que o dinheiro retirado do Ministério da Saúde é uma verba que deveria ser destinada ao SUS. Hoje sabemos que  homossexualidade não é doença, se não e doença porque o Ministério da Saúde ainda destina verbas para os homossexuais fazerem a FESTA, e mesmo que o fosse, a verba deveria ser destinada ao atendimento aos doentes e não para Festas!

Ou será que deveríamos comemorar  o dia de combate ao Câncer com uma grande festa, tal qual o carnaval,  só que comemorando os mortes pelo cancer? Festas essas onde corre-se mais risco de contaminações de doenças infecto-contagiosas? Que inversão de valores? Não deveríamos EDUCAR ao contrário de estimular a pratica? Não vi durante o Carnaval nenhum projeto de prevenção, alguém viu?

Não posso comentar sobre o tão falado Kit Gay distribuídos esse ano nas escolas, porque ainda não tive acesso aos mesmos, mas que adianta tentarmos prevenir, trabalhando doentes se os próprios Ministérios da Saúde e Educação, que deveriam ser responsáveis por essas ações, estimulam a pratica?

Ha alguns anos atrás, nessa mesma “Festa”, houve a distribuição de panfletos informativos, pagos com erário publico, “educando” a forma de uso de drogas. Outro panfleto muito comentário distribuído e pago com erário publico, é um panfleto pornográfico homossexual onde se ensina como ter prazer com anal entre homens.

Que país é esse? Onde nós pagamos impostos que são destinados a esse tipo de evento? Enquanto os doentes padecem e morrem nos corredores dos hospitais ou até na porta de UBS por falta de atedimento?


Vejam o edital no site do Governo com a liberação do projeto para 2011:
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos_campanhas/resultado_eventos2011.pdf

Agora eu utilizo a mesma musica que esses que hoje estão no desgoverno do Brasil: “...Pai afasta de mim esse cálice!...”

Telma Alcazar
MegLon

Nota: Essa informação não tem fundamentação preconceituosa ou discriminatória e sim, evoca os principios de universabilidade e igualdade da nossa Carta Magna, bem como a Lei 8080. 

segunda-feira, 14 de março de 2011

JUSTIÇA PARA QUEM PRECISA DE SAÚDE

Centenas de ações se avolumam todos os dias na Justiça Federal questionando a inaplicabilidade ou uso não adequado das regras estabelecidas para o tratamento de pacientes portadores de doenças graves e raras; fornecimento de medicamentos de forma gratuita; ortotanásia (morte natural de um paciente terminal em que os médicos deixam de ministrar remédios que prolongam sua sobrevida); disponibilização de leitos hospitalares, tanto no setor público quanto no privado; e cobrança abusiva cometida por operadoras de planos de saúde e de seguros.


Não é de hoje que o Poder Judiciário se tornou refúgio dos que buscam remédios ou algum procedimento não oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quando os hospitais e postos de saúde fecham suas portas, é na Justiça que os pacientes buscam socorro. Hoje tramitam mais de 112 mil ações desse tipo em 20 dos 91 tribunais brasileiros.

A premissa inaugurada na Constituição de 1988 de que a saúde é um direito fundamental do cidadão e um dever do Estado invadiu o Poder Judiciário e consolidou a chamada "judicialização da saúde". Assim, a atuação judicial ganhou espaço diante da inexistência de políticas públicas ou da insuficiência em atender minimamente às demandas sociais.

Esse fenômeno teve início no começo da década de 1990, quando pacientes soropositivos, à procura de medicamentos antirretrovirais para combater o avanço do vírus HIV, recorreram à Justiça. Rapidamente a iniciativa se popularizou, quando inúmeras liminares foram concedidas pelo Poder Judiciário e passaram a obrigar o Estado a fornecer gratuitamente drogas de alto custo que não constavam da lista do SUS.

Embora novas leis tenham surgido nos últimos 20 anos para garantir a efetivação de políticas públicas de saúde, o volume de ações judiciais só fez crescer exponencialmente, exigindo decisões dos juízes que atendam sempre à garantia constitucional da duração razoável do processo. Esse fenômeno proliferou a ideia da "judicialização da saúde".

Recente levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que os Tribunais Regionais Federais, que tratam das questões em grau de recurso, têm recebido um número cada vez maior de demandas sobre saúde. Dados preliminares do CNJ revelam a existência de mais de 20 mil ações tramitando apenas na segunda instância da Justiça Federal. Segundo o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão - em discurso proferido no 1.º Fórum Nacional de Saúde, realizado em novembro do ano passado -, entre 2003 e 2009, houve 5.323 ações judiciais ajuizadas contra a União, em todo o País, somente para questionar a aquisição de remédios e procedimentos médico-hospitalares sonegados administrativamente.

É imprescindível, portanto, que o Poder Executivo faça a sua parte para evitar essa avalanche de ações no Poder Judiciário e, de outra banda, cumpra, de forma expedita e precisa, decisões judiciais que salvam a vida de milhares de cidadãos brasileiros todos os anos. Decisões judiciais, diga-se, respaldadas na Constituição Federal e na legislação infraconstitucional de regência.

Não se podem aceitar, passivamente, números como os divulgados pelo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de dezembro de 2010, em que se afirma que 100 milhões de pessoas no mundo, todos os anos, vão à falência (isso mesmo!) porque precisam financiar tratamentos privados de saúde e cerca de 1 bilhão não tem condições de arcar com gastos relativos à saúde.

No Brasil, há 21 anos o SUS oferece assistência gratuita à população (Lei n.º 8.080/90), mas o descaso com a aplicabilidade da lei pelo Executivo, apesar dos esforços do Estado-juiz com suas decisões, é uma constante. Um juiz, naturalmente, num processo desse estilo, procura sempre tutelar algo cuja perda é irreparável: o direito fundamental à vida do ser humano, previsto expressamente no artigo 5.º da Constituição Federal. Em casos de internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), a diferença entre viver e morrer se mede em minutos. E aí a Justiça não pode ser lenta e as decisões dos juízes precisam ser cumpridas pelo Poder Executivo e pelo SUS imediatamente, sem burocracia.

Em agosto do ano passado o CNJ, em exemplar decisão, arquivou reclamação disciplinar apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra uma juíza federal de Porto Alegre que, em março de 2009, determinou a prisão do procurador regional da União no Rio Grande do Sul por crime de desobediência. A ordem foi dada em razão do descumprimento da decisão em que a magistrada determinou a entrega, em 48 horas, do suplemento alimentar MSUD-2 a um bebê que corria risco de vida. A decisão só foi cumprida 48 dias depois da concessão da tutela antecipada, mais precisamente duas horas após a prisão da autoridade federal, que foi solta após concessão de liminar em habeas corpus. Obviamente, a juíza, em momento algum, como ficou evidenciado no julgamento do CNJ, teve a intenção de cometer qualquer afronta institucional ao advogado da União. Apenas, num juízo de ponderação de valores constitucionais, optou pela tutela do direito à vida do bebê no legítimo exercício do poder jurisdicional. Como bem disse o ex-corregedor nacional de Justiça ministro Gilson Dipp, em seu voto no plenário do CNJ, "a magistrada se viu na última fronteira entre as instituições públicas e o direito à vida".

É hora, portanto, de o governo, aproveitando o ensejo do anunciado Terceiro Pacto Republicano, propor medidas concretas e normativas voltadas a otimizar rotinas processuais e, em especial, administrativas, a fim de que se possa oferecer uma solução mais rápida aos cidadãos que pleiteiam seu direito à saúde. Pelo visto, lamentavelmente, o Poder Judiciário parece ser ainda o único remédio eficaz e ao alcance da sociedade para enfrentar certas disfunções ou insuficiências do Estado brasileiro.

Fonte: Gabriel Wedy - O Estado de S.Paulo
Agradecimento

Quero agradecer a nossa querida Sônia, que escreveu esse lindo texto, nos apoiando na luta pela audiência com o Ministro da Saúde. Somente unidos e  lutando juntos conseguiremos alcançar nossos objetivos dentro do SUS.

Sônia eu agradeço o seu apoio e de todos os portadores do nosso Grupo que luta apenas com nossa boa vontade e apoio de amigos.

Espero poder dizer aqui um dia: Nós conseguimos e podermos descansar em paz!

Um beijo enrme e mais uma vez muito obrigada a todos vcs. Sem voces não teriamos força para continuarmos na luta!

Telma Alcazar










Conheci Telma, desde que fui dagnosticada também com cirrose hepatica, aqui em Londrina..Estes dias não está bem, mas não desiste de fazer apêlos, denunciar a fragilidade do programa de Hepatite C. Como Enfermeira Sanitarista, trabalhndo no SUS vejo com muita razão suas criticas e observações. Até eu mesma, dentro do SUS fiquei a deriva com sinais e sintomas cronicos da doença anos..., sintomas e clinica tão diferente das outras hepatites que têm um perfil mais agudo na manifestação do quadro clinico.
Mulheres sendo supreendidas com a doença, em consultorios de ginecologia, com hemorragias e quando tem algume médico que conhecer algo sobre o assunto supõe o diganostico. Comigo não aconteceu assim, sangramentos leves na pele, caimbras, e finalmente edemas linfaticos que chamaram a minha atenção, apesar de sempre ter ido com quiexas de caimbars horriveis, mãos aavermelhadas sugerindo lesão hepática, sangramentos na pele.... Ai você fica prá lá e prá cá- Hepatite C não está inserida no olhar da clinica da Atenção Básica. e nen em muitos consultorios de especialistas (caimbaras, vai no especilaista e ele não pensa em lesão hepática?)

Campanhas de hepatite, num so pacote, nao garante diágnóstico precoce da doença, certamente.
Quantos médicos perguntam a uma mulher, no caso de saangramentos, caimbras se ela já tomou alguma Transfuusão de Sangue no passado e outros itens?
Confundida como hepatie de alta transmissão sexual, quando na verdade está ligada a transfusõeses de sangue, tatuagens, piercings, em ambientes não qualificados e transmisão via seringas em usuários de drogas...
Mas hoje ninguém pergunta quase nada a ninguem na clinica. Onde está a clinica ? Sem anamnese qualificada voce vai ficar por muito tempo com seu fígado deteriorando.....
]
Telma , tem razão, quando será que  o Ministro da Saúde vai ouvir os portadores e doentes de Hepatite C?
Ambulatorios desanimadores, aqui em Londrina, num prédio deprimente, num corrdor com teto com buracos, consultas protocolares, msem u olhar humanizador, sem mutoi tempo para conversar, ....
E a Telma, até fica decepacionada porque eu não me lanço de maneira ativa nesta questão...
Trabalhei  quase 40 anos na Saúde pública no Brasil, como Sanitarista e Enfermeira Obstétrica...Vi que a sustentativlidade do SUS está muito mais no idealimmmmmsmo de alguns profissionais de saúde , mas do que nos ´protocolos, normas e procedimentos., gerencia, avaliação do atendimento. Mas idealimso de agluns não sustenta programas......Quando o idelaista sai, o programa morre.
No SUS em  muitas Regionais trabalhei por 3 Enfermeiras....cansei,  me esgotei, corri risco e um dia fui acidentada com um tubo de sangue, por pressa, por falta de pessoal.....Por isto fico um pouco a distância, Fazendo minhas fala na Internet....pois sei que como humanista, nas ações de promoção humana, talvez possa mostrar que o mundo, o SUS a politica de Saúde não melhorará se não melhorar o intimo dos seres humanos.
Alguém está tão interessado nisso mesmo?. Falta que tipo de vontade? Penso que vontade humana...Humanizaação, interesse real pelo ser humano, igualzinho nos outros programas, mas com especificidade para alguns..Tratar um agravo de tal dimensão de maneira uniforme, é um erro... deixou a propria Telma e muito outros pacietnes com diagnóstico tardio e  gravemente doente; e eu supreendida na aposentadoria com cirrose hepática. Adquirida há 38 anos na Amazõnia, no acidente de trabalho que preciso investigar ou  na transfusão de sangue tomada em Curitiba numa metrorragia em 1991?
Um desabafo, e uma ato de solidariedade ao esforçop de uma Mulher que devemos ter respeito, entender suas angústias e até sua irritação causada pelo desgaste constante em desejar melhor visão e atençao ao pacientes e portadores de Hepatite C.
No Mes de Marçp temos que pensar em mulheres que lutam e fazem a diferença. Telma é uma delas.
Alô Ministro da Saúde, dá para atender os pacientes portadores de Hepatie C? 

Sônia - Blog TERNURA DE DEUS

sábado, 12 de março de 2011

ACREDITEM, É A NOSSA REALIDADE!

( By Marco Sobreira )

Os burocratas encastelados em seus gabinetes com ar condicionado no Ministério da Saúde nos enchem de normas, projetos, planos e metas a serem cumpridas no atendimento da população. Com raras exceções não têm a visão do País como um todo, não conhecem a realidade do interior, não sabem a dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Desconhecem o nível dos profissionais, a falta de recurso dos municípios, a omissão dos Governos Estaduais e não brigam pelo reajuste das verbas federais.


O critério de repasse aos municípios baseados no número de consultas por habitante/ano, variando de acordo com a faixa etária, mas não fugindo da média de 2 a 3 cons/há/ano é totalmente equivocada e ultrapassada, não conseguindo abranger as necessidades dos dias atuais. O mundo evoluiu, a medicina avançou, principalmente nos métodos de diagnóstico, mas o Governo continua parado no tempo. De que adiantam aparelhos sofisticados, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, se falta dinheiro até para exames laboratoriais? “É como comprar um carro top de linha e não ter grana para abastecer”

Quero fazer um alerta sobre um tipo de atendimento indispensável e que corre o risco de em pouco tempo se tornar inviável, refiro-me aos Pronto Atendimento Municipais e Pronto-Socorro dos pequenos hospitais do interior. De nada adianta o Programa de Saúde da Família, ambulatórios de especialidades, prédios suntuosos, se na hora que o paciente precisa de socorro imediato não encontrar o médico de plantão, e acreditem, esse tipo de profissional, o plantonista, tende a desaparecer nos pequenos municípios, ou porque não são valorizados corretamente ou por absoluta condição digna de trabalho.

Uma coisa é o médico estar de plantão num grande hospital, com equipe multidisciplinar, especialistas de sobreaviso, centro de tratamento intensivo se necessitar, outra é enfrentar um plantão sozinho, apenas com um enfermeiro, 2 técnicos de enfermagem, sem exames imediatos e rx na maioria deles. Ultrassonografia, tomografia computadorizada, hoje rotina nos grandes centros, nem pensar, e o que é pior, sem um sistema confiável de referência e contra-referência.

Imaginem o caso: Paciente de 65 é atendido no Pronto Atendimento com crise hipertensiva, hemiplegia à esquerda ( lado esquerdo paralisado ) dificuldade para falar, desorientado, tudo indicando um AVE ( acidente vascular encefálico ) que pode ser isquêmico ou hemorrágico em curso. Após o primeiro atendimento, o plantonista estabiliza o paciente mas sente necessidade de transferi-lo para um hospital de maior suporte, pois se evoluir mal poderá depender de Unidade de Tratamento Intensivo.

Aí começa o martírio, está a 80 quilometros do hospital de referência, conforme determina o protocolo, liga para o colega do outro hospital, relata o caso, a necessidade de remoção e recebe em 90 % dos casos a resposta “NÃO TEMOS VAGA”. O que fazer? Ligar para a Central de Vagas é a orientação, acontece que essas centrais não funcionam por absoluta incompetência e falta de vontade política, no papel é uma beleza, mas na realidade, os hospitais filantrópicos sonegam vagas porque esse tipo de paciente só da prejuízo, o que o SUS paga não cobre sequer a diária hospitalar. Já tive casos que, quando ligaram ofertando a vaga o paciente já tinha sido enterrado, acreditem é a nossa realidade.

Voltemos ao nosso caso, paciente com AVE em evolução, o plantonista tem dois caminhos a seguir, ficar com o paciente correndo o risco de perdê-lo ou fazer a guia de referência, botar na ambulância e mandá-lo mesmo sabendo que pode ser denunciado ao CRM por encaminhar paciente sem vaga garantida. O que você faria? No meu caso, na maioria das vezes tenho amigos em todos esses hospitais e não tenho tantos problemas, mas essa não é a realidade do Brasil. Quero lembrar que os Pronto Atendimentos Municipais e Pronto-Socorros dos pequenos hospitais são responsáveis pelo socorro imediato de milhares de brasileiros por esse País afora e é preciso uma atenção especial com esse serviço que é essencial, até mesmo para desafogar os grandes hospitais.

Para encerrar, quero prestar minha solidariedade a esses milhares de médicos, verdadeiros heróis, que a despeito de trabalharem em péssimas condições, serem mal remunerados, colocarem sua própria segurança em risco, não se intimidam e não se omitem do dever de salvar ou tentar salvar a vida daqueles que dependem desse tipo de atendimento e faço um apelo para que lutem pela melhoria do seu local de trabalho, cobrem o que determina o CRM, máximo de 40 pacientes por 12 horas de plantão. Chega de carregar a saúde nas costas, enquanto os prefeitos gastam milhões com obras de menor importância, na maioria das vezes de caráter eleitoreiro na melhor das hipóteses, É preciso lutar por mais dignidade para quem atende e para quem é atendido.


Relatório da reunião com o Ministro da Saúde

Realizamos na sexta-feira 11 de março ao final da tarde na cidade de São Paulo excelente reunião com o ministro da saúde.  Estavam também presentes o Diretor Técnico do Grupo Esperança e outras lideranças médicas.

Foi colocada exaustivamente a atual situação das hepatites, antes e após a integração no programa de AIDS.  O Ministro Padilha, que é infectologista, mostrou-se bastante sensível ao problema, quando também pudemos observar sua verdadeira vontade pessoal e política, de planejar e pôr em prática ações para enfrentar, de vez por todas, a questão das hepatites virais.

De forma bastante assertiva e prática recebemos a promessa de que discutirá prioritariamente o assunto com seus assessores e que, rapidamente nos dará uma resposta sobre esses andamentos e iniciará as primeiras ações necessárias para criar esse novo momento onde as hepatites virais terão, finalmente, a devida atenção.

Saímos felizes da reunião, principalmente por sentirmos a sinceridade de suas colocações e expressões, e ainda a importância que dá às postulações do movimento social. Ficou clara a preocupação, que é pública, do atual governo de pautar suas decisões buscando a pacífica competência dos técnicos treinados e experientes para cuidar das suas respectivas áreas de ação, no caso, hepatites virais. Isso é muito relevante no caso das hepatites virais, muito complexas em todas as áreas e cenários (atuais e futuros) que pensarmos, da prevenção até a terapia das suas complicações mais sérias.

Acreditamos que desta vez conseguiremos verdadeiros avanços na luta contra as hepatites.

Agradecemos sobremaneira a atenção dispensada pelo Ministro Alexandre Padilha, a sua equipe que viabilizou o encontro (Dra. Eliane, Sr. Luciano) e de todas as lideranças políticas e profissionais da Saúde que nos apóiam e se envolveram para viabilizar a reunião (e todos os desdobramentos que virão a partir dela).

Essa reunião foi um marco na história que estamos construindo nessa longa caminhada contra as hepatites. Acreditamos que sensibilizado pela grave questão das hepatites virais e por entender que nós, portadores da doença, familiares e militantes temos a legitimidade necessária para construir junto ao Ministério da Saúde esse novo, e necessário, momento de enfrentamento das hepatites virais, o ministro Padilha será lembrado como o ministro que mudou a história da prevenção e assistência das hepatites virais. O Brasil, mais uma vez, será um modelo de enfrentamento para um grave problema de saúde que, de outra forma e a continuar o atual estado das coisas (com esse modelo administrativo para as hepatites virais apensadas a uma estrutura onde está pulverizada e inexiste foco ou planejamento correto) teríamos um desfecho negro para o sistema de saúde e, principalmente, para os milhares de infectados que morreriam em silêncio vitimados pelas hepatites virais. Tempo não é dinheiro. Tempo é vida! E a cada minuto nesse modelo inadequado atual morremos um pouquinho mais. Passa da hora de colocar esse relógio a favor da vida. Esperamos muito em breve socializar outras boas notícias.

Julio Caetano

Jeová Fragoso

Carlos Varaldo

terça-feira, 1 de março de 2011

Alegria Sem Ressaca - Participação no lançamento da campanha de carnaval

Participação no lançamento da campanha de carnaval




Rio de Janeiro – Um bloco de carnaval para quem não pode beber cerveja

Um bloco diferente vai desfilar na Praia de Copacabana.  Sem álcool e, nem por isso, sem festa, o “Alegria Sem Ressaca” completa sete anos neste domingo 27 de fevereiro, quando concentra na esquina da Rua Republica do Peru com a Avenida Atlântica, às 10.00 horas, e parte em direção ao Posto 6.

No repertorio, marchinhas e sambas-enredos conhecidos.  Na essência, o desejo de alertar a população para os riscos do abuso do álcool e outras drogas.

O Dr. Jorge Jaber, diretor cientifico da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas, fundador do bloco, diz que o maior problema de saúde hoje é o uso de substancias químicas, mais do que AIDS, meningite ou leptospirose.  Vemos muitas mortes ligadas ao abuso de substancias ilícitas, no volante, por exemplo.

Este ano o bloco tem o apoio da Operação Lei Seca e da ONG Transito Amigo.

O Grupo Otimismo aplaude a iniciativa e convida todos a participar.  Estaremos presentes para prestigiar e nos divertir.

Carlos Varaldo