Realizamos na sexta-feira 11 de março ao final da tarde na cidade de São Paulo excelente reunião com o ministro da saúde. Estavam também presentes o Diretor Técnico do Grupo Esperança e outras lideranças médicas.
Foi colocada exaustivamente a atual situação das hepatites, antes e após a integração no programa de AIDS. O Ministro Padilha, que é infectologista, mostrou-se bastante sensível ao problema, quando também pudemos observar sua verdadeira vontade pessoal e política, de planejar e pôr em prática ações para enfrentar, de vez por todas, a questão das hepatites virais.
De forma bastante assertiva e prática recebemos a promessa de que discutirá prioritariamente o assunto com seus assessores e que, rapidamente nos dará uma resposta sobre esses andamentos e iniciará as primeiras ações necessárias para criar esse novo momento onde as hepatites virais terão, finalmente, a devida atenção.
Saímos felizes da reunião, principalmente por sentirmos a sinceridade de suas colocações e expressões, e ainda a importância que dá às postulações do movimento social. Ficou clara a preocupação, que é pública, do atual governo de pautar suas decisões buscando a pacífica competência dos técnicos treinados e experientes para cuidar das suas respectivas áreas de ação, no caso, hepatites virais. Isso é muito relevante no caso das hepatites virais, muito complexas em todas as áreas e cenários (atuais e futuros) que pensarmos, da prevenção até a terapia das suas complicações mais sérias.
Acreditamos que desta vez conseguiremos verdadeiros avanços na luta contra as hepatites.
Agradecemos sobremaneira a atenção dispensada pelo Ministro Alexandre Padilha, a sua equipe que viabilizou o encontro (Dra. Eliane, Sr. Luciano) e de todas as lideranças políticas e profissionais da Saúde que nos apóiam e se envolveram para viabilizar a reunião (e todos os desdobramentos que virão a partir dela).
Essa reunião foi um marco na história que estamos construindo nessa longa caminhada contra as hepatites. Acreditamos que sensibilizado pela grave questão das hepatites virais e por entender que nós, portadores da doença, familiares e militantes temos a legitimidade necessária para construir junto ao Ministério da Saúde esse novo, e necessário, momento de enfrentamento das hepatites virais, o ministro Padilha será lembrado como o ministro que mudou a história da prevenção e assistência das hepatites virais. O Brasil, mais uma vez, será um modelo de enfrentamento para um grave problema de saúde que, de outra forma e a continuar o atual estado das coisas (com esse modelo administrativo para as hepatites virais apensadas a uma estrutura onde está pulverizada e inexiste foco ou planejamento correto) teríamos um desfecho negro para o sistema de saúde e, principalmente, para os milhares de infectados que morreriam em silêncio vitimados pelas hepatites virais. Tempo não é dinheiro. Tempo é vida! E a cada minuto nesse modelo inadequado atual morremos um pouquinho mais. Passa da hora de colocar esse relógio a favor da vida. Esperamos muito em breve socializar outras boas notícias.
Julio Caetano
Jeová Fragoso
Carlos Varaldo
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