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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MORRE O JORNALISTA DORIVAL VIANA

MORRE O JORNALISTA DORIVAL VIANA  - 26/09/2010 

Hoje no Hospital São Vicente, faleceu Dorival Viana que estava internado há 17 dias.  Ele foi diretor de marketing do Banestado no governo Alvaro Dias. Segundo as informações do hospital, ele faleceu por falência hepática. Dorival Viana atualmente era jornalista e diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná, cargo que assumiu em março deste ano a convite do presidente da casa, Nelson Justus.

Nós do Grupo Meglon, lamentamos sua morte e deixamos nossas condolências a familia.

Telma Alcazar
Coordenadora do Grupo MegLon

DELIBERAÇÃO Nº 105 - 06/07/2010

A Comissão Intergestores Bipartite do Paraná, em reunião realizada em 30/06/2010, no município de Curitiba, considerando

• Portaria GM/MS nº 2.601 de 21/1010/2009, que institui no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes, o Plano Nacional de Imlantação de Organizações de Procura de Órgãos e tecidos

-OPO;

• proposta da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, de adesão ao Plano Nacional de  Implantação das Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos – OPO.

APROVA a adesão da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná ao Plano Nacional de Implantação das Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos – OPO, com a implantação de 06 Organizações,  conforme abaixo discriminado:
− OPO Curitiba
− OPO Região Metropolitana de Curitiba
− OPO Ponta Grossa
− OPO Cascavel
− OPO Maringá
− OPO Londrina

Carlos Manuel dos Santos
Coordenação Estadual

Marina S. Ricardo Martins
Coordenação Municipal

III ENCONTRO DOS PORTADORES DE HEPATITE C



         DIA 17 DE OUTUBRO – DOMINGO - DAS 9 ÀS 12:00 HS
Local: Instituto Sírio -Libanês  de Ensino e Pesquisa
Hospital Sírio-Libanês
R. Coronel Nicolau dos Santos, nº 69, Bela Vista São Paulo
Auditórios 1 e 2

PROGRAMA

9:00 – 10:20hs – MÓDULO I  -  Da Epidemiologia à Indicação do Tratamento
Meios de transmissão da hepatite C, grupos de risco, vacinas, evolução da doença, fatores que aceleram essa evolução, métodos de diagnóstico, sorologias, biópsia hepática, métodos alternativos à biópsia. Repercussões emocionais do diagnóstico. Existe portadores do vírus, sem doença? Que outras manifestações podem ser encontradas nos portadores de hepatite C? Genotipagem e carga viral indicam gravidade? Existe dieta e restrição de atividade física na hepatite C? Quem deve ser tratado de hepatite?
 Coordenação -  Edison R Parise (APEF e UNIFESP) e Marilia Gaboardi (Hospital Cruzeiro do Sul e Beneficiência Portuguesa)
Debatedores – Edna Strauss (Hospital das Clínicas) , Antonio Eduardo Silva (Hospital São Paulo), Adriana Zuolo Coppini (Santa Casa de Misericórdia), Isaac Altikes (Hospital Ipiranga e Hospital Santa Catarina) , nutricionista Luciana de Carvalho (Hospital São Paulo), psicóloga Ana Maria Saade (Hospital Cruzeiro do Sul), advogado Elieser Rodrigues de França (OAB)

10:20 – 10:40hs – INTERVALO

10:40 – 12:00hs – MÓDULO II -  Tratamento: resultados, efeitos colaterais e futuro

Quais medicamentos e os resultados para o tratamento atual com interferon peguilado e ribavirina. Como otimizar esse tratamento. O convênio médico e o tratamento. Efeito da aderência. Existe tratamentos alternativos? Efeitos colaterais das medicações Efeito do álcool sobre o tratamento. Existe dieta? Repouso é importante? Exercícios durante o tratamento são importantes? Devo parar de trabalhar?  Se eu tiver depressão e o desânimo, tem como tratar? Tem como prevenir? Tratamentos futuros, o que aguardar. Vão aumentar os efeitos colaterais? Transplante de fígado. Quais os direitos legais dos portadores dessa doença?

Coordenação – Edison R Parise e Marilia Gaboardi
Debatedores – Mario Pessoa (Hospital das Clínicas), Mônica Salum Valverde B.Viana (Hospital do Servidor Público Estadual), Carla Matos (Hospital AC Camargo),  João Mendonça (Sociedade Brasileira de Infectologia), Psicóloga  Carmen Lívia Parise (UNIFESP), fisioterapeuta Corina Pacheco da Silveira (Hospital Cruzeiro do Sul), Elieser Rodrigues de França (advogado OAB)



12:00 – Encerramento

ENTRADA FRANCA
 REALIZAÇÃO : APEF E GAPHOR

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Manifesto dos Grupos de Hepatites em defesa da livre opinião

Aos 
Dr. José Gomes Temporão - Ministro da Saúde
Dr. Dirceu Greco - Departamento DST/AIDS/Hepatites
Dr. Eduardo Barbosa - Departamento DST/AIDS/Hepatites

Manifesto dos Grupos de Hepatites em defesa da livre opinião


Prezados Senhores,

Em 16 de setembro a ativista Ana Barcelos recebeu um e-mail do Grupo Web - Assessoria de Comunicação do Programa DST/AIDS/Hepatites do MS, assinado por Ana Luiza Gomes, no qual era informado que o concurso cultural de posts para blogueiros "Hepatite C, Sem Medo" já estava sendo divulgado no novo site do programa, mas estava sendo solicitado fazer uma ressalva ao texto que está no blog (http://www.animando-c.com.br/2010/09/concurso-cultural-hepatite-c-sem-medo.html), onde no 6º parágrafo, está escrito "Se as autoridades de saúde não divulgam esse alerta, vamos usar nossos blogs para fazê-lo?".

A Assessoria de Comunicação "sugeria" a alteração deste conteúdo, alegando que o Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais tem se comprometido em disseminar as formas de contágio e prevenção das hepatites e outras DST.

A expressão colocada por Ana Barcelos "Se as autoridades de saúde não divulgam esse alerta, vamos usar nossos blogs para fazê-lo?" reflete o descontentamento dos infectados com hepatites em relação à falta de campanhas de informação, alerta e diagnostico nas hepatites B e C. Após a "sugestão" a autora acabou alterando o texto para "Se a maior parte da população não divulgam esse alerta, vamos usar nossos blogs para fazê-lo?.

Devemos recordar que as ONGs de forma independente e sem ajuda do MS realizam desde o ano 2000 campanhas de divulgação, em especial no dia 19 de maio, movimento que começou no Brasil e foi seguido por 62 países, se transformando no Dia Internacional de Divulgação da Hepatite.  Somente em 2009 o MS participou da campanha, motivo de alegria para as ONGs, mas em 2010, no mês de março a Dra. Mariângela comunicou que em função da OMS sugerir o 28 de julho como Dia Mundial da Hepatite nada seria feito em maio e uma campanha de alcance seria realizada em 28 de julho.

Passado o mês de julho lamentamos que a tal campanha, prometida com filmes, spots de radio, cartazes, folhetos, testes, etc., não tenha acontecido. O ano de 2010 estaria totalmente perdido se não fosse que algumas ONGs realizaram eventos por conta própria em 19 de maio, sem apoio do MS.  Somente alguns folhetos foram distribuídos dias após 28 de julho, sem informar as ONGs o que deveria ser feito com tal material.

Por isso, o comentário colocado no blog da Ana Barcelos é valido e não deve ser motivo de qualquer sugestão para sua retirada por parte do MS, já que tal atitude configura uma intromissão indevida na independência das ONGs ou dos ativistas.

Cabe ao movimento social de qualquer patologia aplaudir quando as ações são implementadas, mas é função principal reivindicar e denunciar quando não existem tratamentos e a vigilância epidemiológica não faz o alerta e a detecção dos já infectados, conforme vem sendo reivindicado nos últimos 11 anos.

Insinuar a alguém que comentários que poderiam ser interpretados como negativos ao programa nacional de hepatites devem ser retirados da internet, ou que não devem ser realizados publicamente, configura uma forma indireta de censura, prática que era comum na época da ditadura. A linha que diferencia "sugerir retirar" a "censurar" é muito tênue, difícil de diferenciar quando se trata de uma sugestão ou, quando pode ser interpretada como censura.

Não acreditamos que o Departamento DST/AIDS/Hepatites, o qual sempre se caracterizou pela livre expressão de todos os setores envolvidos com a AIDS, tenha agora, com a incorporação das hepatites, mudado suas diretrizes em relação à sociedade civil, ao controle social e a livre expressão.

Os grupos integrantes da AIGA e a maioria dos grupos independentes consideram ser tal atitude não condizente com o momento democrático que vive o país, onde a livre expressão, principalmente no território livre da internet, é uma conquista da sociedade civil, mais ainda, um princípio garantido pela Lei 8080 que regulamenta o SUS, na qual é estabelecido e garantido ao cidadão o controle social do sistema por parte dos usuários.


O manifesto é assinado pelos grupos associados da AIGA e por grupos independentes que erguem sua voz em defesa da Constituição Federal e da livre expressão, a seguir relacionados em ordem alfabética:


  • ABC VIDA Associação Cearense de Portadores de Hepatite - CE
  • ADOTE - Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos - RS
  • ATX-BA - Associação de Pacientes Transplantados da Bahia
  • DOHE FÍGADO - Assoc Doentes e Transplantados Hepaticos Rio de Janeiro
  • GADA - Grupo de Apoio aos Portadores de  HIV/Aids e Hepatites Virais - SP
  • GRUPO AMARANTES de Apoio a Portadores de Hepatite C - São Gonçalo - RJ
  • GRUPO ARAÇAVIDA de Araçatuba - SP
  • GRUPO C de Apoio a Portadores de Hepatite C - Brasília
  • GRUPO FORÇA E VIDA de Apoio a Portadores de Hepatite - RS
  • GRUPO GÊNESIS de Apoio a Portadores de Hepatite de Niterói - RJ
  • GRUPO HEPATO CERTO de Apoio a Portadores de Hepatite C - Petrópolis - RJ
  • GRUPO HERCULES - DOAÇÕES E TRANSPLANTES DE FÍGADO - Blumenau - SC
  • GRUPO HERCULES de Apoio a Portadores de HEPATITES VIRAIS - Florianópolis - SC
  • GRUPO OTIMISMO de Apoio ao Portador de Hepatite - RJ
  • GRUPO SALVHE Solidariedade e apio na Luta Contra os Virús de Hepatites - Joinville - SC
  • GRUPO UNIDOS VENCEREMOS - Carapicuiba - SP
  • HCVIDA/HEPATHIVOS, Grupo de apoio a portadores de Hepatites Virais e co-infecção HIV/AIDS - SP
  • Meglon - Grupo Margarete Barella de Apoio aos Portadores de Hepatite de Londrina e Região - PR
  • NÚCLEO AÇÃO de Apoio e Defesa aos Direitos das Vitimas da Hepatite C - RJ
  • ONG C TEM QUE SABER C TEM QUE CURAR de Apoio a Portadores de Hepatite C - SP
  • RNPHV+BR, Rede Nacional de Pessoas Vivendo com as Hepatites Virais, co-infecções e transplantados de fígado - Brasil


Brasil, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

FUI!*

"Meu irmão,  
cada gota de sangue em teu sangue  
é sangue bom..."     
 
Pior que não era; não no final dos anos 70, onde essa história começa. No carro, iam Kakalo, Inácio e Tupiara, os três nos seus 20 e poucos anos, ninguém de cinto de segurança, que não era obrigatório (nem existia!). Na pancada violenta com outro carro que atravessou a estrada e parou, Kakalo foi arremessado contra o vidro, jugular e aorta seccionadas, a vida se esvaindo rapidamente na hemorragia. Deu a sorte de encontrar uma pessoa solidária, que abriu lugar no banco de trás do seu carro e o levou para um hospital de beira-estrada ali de São Gonçalo. Deu a sorte de encontrar um médico adoravelmente louco, discípulo de Pitanguy, que acreditou nas suas poucas chances de sobrevivência e caprichou na sutura. Saiu daquela com bem disfarçados 360 pontos no rosto e pescoço e seis litros de sangue novinho no corpo.     

Vinte e cinco de agosto de 2010. Às 11 da noite, em choque hipovolêmico, causado por uma brutal hemorragia digestiva, Kakalo dá entrada no Hospital da Lagoa. Foi encontrado pela manhã, em Saquarema, e levado a um hospital de Bacaxá, onde eram nulas as possibilidades de atendimento. A transferência para o Rio soou para nós, seus irmãos, como um alívio. Ia dar tudo certo. Mais uma vez - seria a terceira -, Kakalo ia driblar a "velha senhora".     

Depois das providências iniciais - que incluíram a reposição do sangue perdido, plasma para combater a falta de coagulação, noraadrelanina para estabilizar a pressão e ene outros procedimentos -, os médicos levantaram a hipótese de uma doença grave e antiga do fígado. Diante da nossa perplexidade, perguntaram se ele bebia. Claro que sim; era, como nós, boêmio. Mas daí a ter uma hepatopatia grave! Mas, quem sabe?. Nenhum de nós se lembrou do acidente.     

No dia seguinte, a hipótese se confirmou em um diagnóstico mais atemorizante: o fígado estava destruído pela cirrose; o esôfago, tomado por grossas e frágeis varizes; os rins tinham parado. Mais perplexidade. Até um pouco de raiva do Kakalo, que nunca comentou o problema, nunca reclamou de uma dorzinha no fígado, que nunca deu uma dica de que estava mal. Nenhum de nós se lembrou do acidente.     

Como uma prece, o caçula, Mariozinho, fez o samba cuja introdução melódica reproduzia os sons do CTI e os versos chamavam Kakalo para a vida, exaltando o sangue bom que se sobrepunha à hemorragia.    

"Meu irmão,  
cada gota de sangue em teu sangue  
é sangue bom..."     

Nos 20 dias de internação, não sei exatamente quando um de nós (que também não sei qual foi) se lembrou do acidente e dos salvadores seis litros de sangue daqueles idos de 1977. A charada começava a ser desfeita.     

Até 1992, quem se via obrigado a tomar uma transfusão ou plasma ficava exposto a uma sortida variedade de vírus, da Aids às hepatites B e C. Entrava para um grupo de altíssimo risco. Mas ninguém sabia disso; não havia controle do sangue doado. Para o Kakalo, coube o vírus da Hepatite C (HCV), que se desenvolveu nele como na maioria dos portadores: silenciosamente, sem desconfortos, sem sinais.     

A grande maioria dos pacientes de Hepatite C não apresenta sintomas; a fase aguda passa despercebida. Às vezes,  tem alguma coisa, mas parece uma gripe forte. Assim, mais de 80% dos contaminados desenvolverão Hepatite C crônica e suas sequelas. Só descobrirão ao tentarem doar sangue ou quando, por alguma razão ou sorte, um médico solicitar o exame de Marcadores de Hepatite. O mais provável é que a descoberta só aconteça junto com as devastadoras complicações da doença, como a cirrose e o câncer de fígado.      

Essas complicações podem aparecer décadas após a contaminação e, pior, também se desenvolver lenta e silenciosamente. Cerca de 40% dos pacientes com cirrose são assintomáticos. Quando surgem os sinais, a doença já está em fase muito avançada.     

Segundo o site www.hepcentro.com.br, apesar dos esforços em conter a epidemia, especialmente com a realização de exames específicos em sangue doado, a hepatite C é uma ameaça crescente, que exige medidas adicionais de prevenção e tratamento.      

Não sei quais as medidas preconizadas pelo site, mas tenho uma sugestão: que, na anamnese de seus pacientes, os profissionais da saúde (alopatas, homeopatas, dentistas, médicos do trabalho, terapeutas etc.) incluam a pergunta 'Tomou transfusão de sangue antes de 1992?'. Sem o questionamento direto, acho difícil que antigos transfundidos tragam o assunto à baila - quem vai se lembrar?; quem vai imaginar que umas gotas de sangue pingadas na veia há 30 anos possam matar?     Mas, se algum antigo transfundido leu este texto até o fim, aconselho que procure um médico e peça o exame de Marcadores de Hepatite. É uma providência que vale ouro; ou vale vida. Kakalo era de pouco ir ao médico. 

Mas, certamente, teria uma outra história se há quatro anos, quando sofreu um AVC e se viu forçado a encarar um tratamento especializado, o neurologista tivesse feito a pergunta que levaria à descoberta da hepatite C. Por falta dela, e apesar de todo o aporte oferecido e do empenho de médicos, enfermeiros e demais profissionais do Hospital da Lagoa, Kakalo morreu no dia 14 de setembro, aos 57 anos, depois de quatro hemorragias causadas pela cirrose. Trinta anos depois, a hepatite C fez barulho e cobrou a conta.        

*"Fui!" - era uma expressão característica do nosso irmão Kakalo, registrado em cartório como Luiz Carlos.

Que saudade!
Graça Maria Lago


Homenagem ao Kakalo assassinado pela hepatite C

Graça, o Grupo MegLon lamenta profundamente a perda inestimável do Kakalo seu irmão de sangue e nosso irmão de luta. Mais um de nós que se foi!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Campanha contra as Hepatite Virais e a favor da Doação de Orgãos e Sangue

O Grupo MegLon faz campanhas informativas nas ruas, sobre as Hepatites Virais, Doação de Orgãos, Doação de Sangue.

Nós precisamos da sua doação para continuarmos trabalhando como voluntários, não temos vinculos com laboratórios, tão pouco temos patrocinio. Voce pode fazer uma boa ação, não precisa colaborar com muito, se cada cidadão doar um pouco, poderemos atender muitas outras pessoas e trabalharmos com maior agilidade. Contamos com seu bom coração!


Fotos de uma Campanha no Calçadão de Londrina






















Centos de Transplantes de Figado Autorizados no Paraná - Set/2010

Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná
Endereço: Rua General Carneiro, 181
Cidade: Curitiba
Telefone: 33601819
Médico(s) responsável(is): JULIO CEZAR UILI COELHO

Hospital Pequeno Príncipe - Alianca Saude PUC-PR
Endereço: Rua Desembargador Motta, 1070 - 1º andar
Cidade: Curitiba
Telefone: 33101400
Médico(s) responsável(is): JULIO CESAR WIEDERKEHR, Sandra Lucia Schuler

Santa Casa de Misericordia de Curitiba
Endereço: Praça Rui Barbosa, 649
Cidade: Curitiba
Telefone: 33226967
Médico(s) responsável(is): JULIO CESAR WIEDERKEHR


Santa Casa de Misericordia de Curitiba
Endereço: Praça Rui Barbosa, 649
Cidade: Curitiba
Telefone: 3322-6967
Médico(s) responsável(is): JOÃO EDUARDO NICOLUZZI

Hospital São Vicente de Curitiba
Endereço: R. Vicente Machado, 401
Cidade: Curitiba
Telefone: 3310-1400
Médico(s) responsável(is): JULIO CESAR WIEDERKEHR, MARCIAL CARLOS RIBEIRO JUNIOR

Um dado curioso é que o vírus da Hepatite permanece vivo na tinta utilizada pelos tatuadores. Assim, de nada adianta o material descartável ou esterilizado, pois o perigo está na tinta.

'Um dado curioso é que o vírus da Hepatite permanece vivo na tinta utilizada pelos tatuadores. Assim, de nada adianta o material descartável ou esterilizado, pois o perigo está na tinta.'

A Hepatite C é uma doença silenciosa: raramente apresenta sintomas e pode destruir o fígado lentamente. Em 80% dos casos a infecção torna-se crônica e atualmente está matando quatro vezes mais do que a AIDS.
É muito freqüente pessoas de nível sócio-econômico e intelectual falecerem por causa da Hepatite C sem que a sociedade venha a saber”, afirma o Dr. Roberto Focaccia, Coordenador do Grupo de Hepatites e do Curso de Pós Graduação do Hospital Emílio Ribas.
Este é um dos temas do 2º Congresso de Infectologia do Cone Sul, que será realizado entre os dias 02 e 04 de dezembro, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
Um dado curioso é que o vírus da Hepatite permanece vivo na tinta utilizada pelos tatuadores. Assim, de nada adianta o material descartável ou esterilizado, pois o perigo está na tinta.
O grande problema da Hepatite C é que as pessoas não sabem que são portadoras do vírus. E pior, a comunidade desconhece a gravidade da doença. Pesquisa realizada pelo Emílio Ribas mostra que 76% dos habitantes da cidade de São Paulo não sabem o que é e como se dá o contágio das Hepatites. “Este é o reflexo da falta de um programa educacional comunitário específico para o problema. As ONG’s têm realizado este trabalho, mas ainda é pouco frente à dimensão do problema”, comenta o Dr. Focaccia.
Ainda, de acordo com o médico, o governo não pode fazer uma triagem de toda a população, como seria desejável, porque não há verbas e estruturas para tratar 4 a 5 milhões de pessoas infectadas no Brasil. Somente os medicamentos para o combate do vírus respondem por cerca de R$ 2 mil ao mês – com um tempo de terapêutica de seis meses a um ano, dependendo do tipo de vírus infectante.
A forma de contágio da Hepatite C é, principalmente, pelo contato com sangue contaminado. Além do usuário de drogas ilícitas injetáveis, todo material cortante e perfurante de uso coletivo constitui um risco potencial. “A gilete não descartável do barbeiro e o cortador de cutícula da manicure não devidamente esterilizado são grandes transmissores da infecção. A falta de cuidados de biossegurança em consultórios dentários populares, entre outros procedimentos a que a população se submete, responde por metade dos casos de contágio. A questão é cultural e pede um amplo plano de redução de danos por parte dos gestores de saúde”, diz o Dr. Focaccia.

Um dado curioso é que o vírus da Hepatite permanece vivo na tinta utilizada pelos tatuadores. Assim, de nada adianta o material descartável ou esterilizado, pois o perigo está na tinta. Outra questão envolve as drogas inalatórias. A mucosa nasal é o ambiente mais propício para a absorção de vírus. E os usuários de cocaína, crack, entre outros,apresentam suas mucosas muito irritadas e sujeitas a secreções e feridas contendo vírus, os quais podem transmitir a infecção no momento do uso coletivo de “tubinhos” para a inalação das drogas.
Há dois medicamentos disponíveis no mercado para o tratamento dadoença: interferon comum ou peguilado administrado em associação com a ribavirina. A adesão completa ao tratamento é de mais de 95% dos pacientes tratados, graças ao programa de Pólo de Aplicação Assistida instituído pela Secretaria Estadual da Saúde. “São centros dereferência onde os pacientes recebem os medicamentos toda semana sob a supervisão e controles das equipes médicas”, confirma o Dr. Focaccia. Ele lembra que havia um “mercado negro” de venda de medicamentos. Muitos conseguiam o remédio e vendiam. Além do mais,complementa ele, não existia a garantia de que o paciente estivesse auto-administrando a medicação de forma adequada. Nem mesmo se os medicamentos estavam sendo conservados às temperaturas adequadas em geladeiras.
Quando as Hepatites se manifestam clinicamente, surge numa primeirafase sintomas inespecíficos de cansaço, intolerância a alimentos gordurosos, febres, dores no lado direito do abdômen, náuseas, entre outros. A seguir surge a icterícia, fezes esbranquiçadas e urina escura. A Hepatite C, entretanto, raramente apresenta essa fase clínica aguda, passando desapercebida a infecção. E 20% vão sofrer lenta evolução para cirrose, ou insuficiência hepática, e em 1 a 4 % desenvolverá câncer de fígado.

Aids e Hepatite

Segundo o Dr. Focaccia, cerca de 50 a 60% dos soropositivos com HIV+ tem Hepatite C (especialmente os usuários de drogas ilícitas ou portadores de doenças que necessitem de transfusão de sangue ou derivados) e, destes, 80% terão o fígado destruído. Em apenas três anos a doença evolui para uma cirrose, insuficiência hepática ou câncer de fígado.
Quando detectada precocemente, a Hepatite C causada pelo tipo viral 2 ou 3, pode alcançar a cura clínica em até 80% dos casos em portadores de HIV, e até 50% quando o tipo viral é o 1. No entanto, com a doença em estágio avançado, os resultados são muito ruins. No caso da co-infecção de Hepatites crônicas (B ou C) com o HIV, os anti-retrovirais podem agravar a doença. “As lesões no fígado, provocadas pela Hepatite, decorrem da resposta imunológica do paciente, e provavelmente a recuperação parcial do sistema imunológico devido à medicação anti-retroviral aumenta o risco de lesões hepáticas devido à presença da infecção pelo vírus da Hepatite C (e/ou B)”, comenta o Dr. Focaccia.


Créditos:
www.comunique-se.com.br
Fonte: H 10
Comunicação Jornalista Responsável: Ana Paula.




domingo, 19 de setembro de 2010

III Erong Sul 2010 - Encontro dos Grupos e Apoio aos Portadores de Hepatites Virais

O III Erong Sul 2010 - Encontro dos Grupos e Apoio aos Portadores de Hepatites Virais, esse ano realidado em Florianopolis que tem como finalidade a troca de experiências, dificuldades e informações entre os grupos de apoio e Ongs de Hepatites no Brasil.

Esse foi o primeiro ano que nos animamos para irmos pois anteriormente não vimos motivos para deixarmos nossos trabalhos locais e nos deslocarmos para eventos, até então, pouco produtivos.

Devemos agradecer ao Grupo Hércules pelo esforço e belo trabalho realizado em prol da luta contra as Hepatites Virais e Transplante de orgãos.

Mostramos algumas fotos do evento, que guardamos com muito carinho, bem como todo material produzido, material dos palestrantes que se dispuseram a nos ajudar nas orientações, mesas redondas e formulação de novas estratégias de ações.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O caso de Fabinho

DA JUDICIALIZAÇÃO À BANALIZAÇÃO DA SAÚDE


O SUS, ao longo dos seus 22 anos de existência, mostra-se, na prática, muito distante de refletir o real sentido do seu slogan constitucional: "SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO".

Como efeito imediato da ineficiência do SUS, assistimos desde o início da década 90 o crescimento do fenômeno que se convencionou chamar de "JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE". Sim, por mais incoerente que pareça, milhares de pacientes somente têm acesso a tratamentos indispensáveis para preservação de sua vida após conseguir uma liminar na Justiça. Trata-se (ou tratava-se) de um importante e democrático instrumento capaz de garantir à população o direito mais básico e fundamental: o direito à vida.

Todos acompanharam o drama vivido por um menino de 12 anos, que morreu tragicamente em decorrência do descaso dos gestores públicos das três esferas de governo (União, Estado e Município). Fábio Souza do Nascimento, "Fabinho", sofria de linfoma e doença pulmonar oportunista. Necessitava de um simples balão de oxigênio para sobreviver. Como não obteve o equipamento na rede de atenção hospitalar, procurou a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que ajuizou uma ação judicial e obteve em poucos dias uma liminar condenando União, Estado e Município a fornecerem imediatamente o balão de oxigênio. Passaram-se seis meses e nada de o menino receber o equipamento: Fabinho morreu enquanto União, Estado e Município discutiam entre si de quem seria a responsabilidade.

Isso pode parecer só mais um retrato já de todos conhecido da ineficiente gestão do SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - superlotação dos hospitais, filas à espera de um atendimento, falta de medicamentos, insuficiência de profissionais de saúde, etc. O caso de Fabinho, contudo, extrapola esse já abominável contexto, mostra que toda a "Estrutura Estatal" sofre ineficiência generalizada.

Ao invés de avançarmos para uma era em que JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE não será mais necessária pela eficiência das políticas públicas, retrocederemos para a era da BANALIZAÇÃO DA SAÚDE.

O que dizer sobre isso? Não estamos só falando sobre a ineficiência do Sistema Único de Saúde, estamos diante da ineficiência indiscriminada do Sistema Estatal! O Executivo não atende, o Judiciário não se faz cumprir e o Legislativo não fiscaliza.

O Judiciário tem o dever de assumir uma postura mais ativa em casos como o de Fabinho. As decisões judiciais precisam ser cumpridas, sob pena de um completo desmantelamento das instituições estatais.

O Judiciário é igualmente responsável pela efetivação do direito à saúde. Ao condenar o Governo a fornecer determinado medicamento ou realizar determinado procedimento clínico está respaldado por diversos mecanismos jurídicos para fazer com que suas decisões sejam cumpridas, inclusive determinar a prisão do Ministro da Saúde e dos Secretários Estadual e Municipal de Saúde. Medidas drásticas como essas devem ser adotadas com cautela, mas devem, absolutamente, devem ser adotadas. Ou será que a vida de uma criança e de tantas outras pessoas que anonimamente passam pela mesma desgraça não vale a quebra do "protocolo da política de boas relações entre os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário)".

O Poder Judiciário precisa estabelecer diretrizes para monitorar o cumprimento de suas decisões, sobretudo quanto se trata de questões envolvendo direitos fundamentais, como a saúde. Não basta decidir e aguardar passivamente que suas decisões sejam cumpridas ao bel prazer dos gestores públicos.

O que diz a respeito desse fato o Conselho Nacional de Justiça, órgão responsável pelo controle administrativo do Poder Judiciário?

Fazemos essa positiva provocação não só ao CNJ, mas a todos os outros personagens envolvidos nessa trama. A Defensoria Pública não poderia ser mais vigilante e combativa para que as decisões judiciais tenham a eficácia esperada? O Ministério Público não poderia intensificar ações preventivas para que casos como o de Fabinho deixem de existir? O Poder Legislativo não poderia fiscalizar com mais rigor a atuação do Poder Executivo nas políticas públicas de saúde e criar leis que organizem melhor o Sistema Sanitário? Os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Saúde compostos cada qual com 50% de representantes da sociedade civil não poderia evitar tamanha catástrofe se fiscalizasse e controlasse as ações e serviços públicos de saúde de forma mais enérgica? Enfim, ninguém se furta dessa responsabilidade. Num Estado Democrático de Direito todos somos responsáveis, inclusive a menor célula da sociedade: o cidadão.

Iremos continuar assistindo calados este espetáculo de descaso e ineficiência do Sistema Estatal ou vamos mudar essa triste realidade? CHEGA!

Luciana Holtz de C. Barros                Tiago Farina Matos
Presidente                                          Diretor do Núcleo de Defesa Ativa
Instituto Oncoguia                              Instituto Oncoguia

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Perita é condenada por comparar idosa a carro velho

Por Ludmila Santos

A 5ª Turma Recursal do Juizado Especial Federal da 3ª Região condenou o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e uma médica perita, hoje aposentada, a pagar indenização de R$ 10 mil por dano moral a uma idosa. A servidora ofendeu a autora da ação, que pediu aposentadoria por invalidez, ao compará-la com um “carro velho”. Na decisão, o juiz federal Cláudio Roberto Canata considerou que houve ofensa à integridade moral e à dignidade da idosa.
A idosa compareceu, acompanhada da filha, à perícia médica do INSS no dia 5 de janeiro de 2005 para pedir a aposentadoria por invalidez. Segundo a autora da ação, a perita se dirigiu a ela de modo grosseiro. E, ao examinar os laudos médicos, disse que “nenhum dos relatórios servia para nada”. Ainda sugeriu à idosa solicitar o benefício de um salário mínimo pago pela assistência social, conforme a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas).
Consta dos autos que, ao tentar explicar a diferença entre os benefícios, a médica acrescentou: “Eu vou dar um exemplo ‘pra’ senhora: é a mesma coisa de se fazer um seguro de carro velho; o seguro não cobre os defeitos do carro velho”. A idosa e a filha foram, então, atendidas por uma assistente social e, em seguida, registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher.
Em sua defesa, a perita afirmou que “de jeito nenhum” disse que a autora é um carro velho. E que somente elevou o tom de voz porque a autora alegou dificuldades auditivas. Por fim, disse que não poderia aposentá-la por incapacidade com os laudos médicos apresentados.
Os fundamentos

Em primeira instância, o pedido de indenização foi julgado improcedente. O juiz Cláudio Canata considerou que o incidente ocorreu de fato, embora as testemunhas, inclusive servidores do INSS, não o tenham presenciado. “Não se imputam à médica perita do INSS afirmações injuriosas difusas, genéricas, mas o uso de uma expressão bastante particular, relatada, por sinal, no boletim de ocorrência lavrado no dia do ocorrido, no calor dos fatos”. Ele destacou que “caminhão velho” ou “carro velho” é um jargão utilizado no meio médico, em sentido jocoso, para se referir a pessoas que, já em idade avançada, se ressentem de males físicos.
Ele afirmou que é obrigação do estado e da sociedade assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis (Lei n.º 10.741/2003, artigo 10). “É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor (§§ 2º e 3º, grifos meus). Por isso, não se admite que condutas assim partam justamente daqueles que, vinculados ao próprio Estado em virtude do ofício que exercem, têm o dever de zelar por essa dignidade”.
O juiz federal lembrou ainda que, embora não se possa imputar, indiscriminadamente, esse tipo de conduta a todos os servidores do órgão, “a verdade é que são inúmeros os relatos dando conta de incidentes envolvendo segurados, de um lado, e, de outro, servidores e peritos médicos do INSS”.
O valor da indenização de R$ 10 mil deve ser acrescido de atualização monetária e juros moratórios, desde a citação.

http://www.conjur.com.br/2010-set-12/perita-inss-condenada-comparar-idosa-carro-velho

Clique aqui para ler a decisão
Termo 6301295625/2010

Hepatite C e a Tireoide

Nessa hora a maioria dos portadores que lêem esse site pensa, não chega de patologia? Agora apareceu mais uma? Sim, na verdade a mau funcionamento do fígado e a ação do próprio vírus pode desencadear diversas patologias, as quais são citadas como comorbidades adjacentes das hepatites ou  também chamada de manifestações extra-hepáticas na Hepatite C. No caso do vírus do tipo C, encontramos com maior freqüência a esteatose hepática (gordura no fígado ou fígado gorduroso) que também é um fator negativo para a evolução da hepatite para cirrose e/ou carcinoma hepático, e também um dos fatores que podem influir negativamente na resposta ao tratamento. Além da própria ação do vírus em nosso organismo, sabemos que as medicações atualmente utilizadas nos tratamentos contra as hepatites virais também podem causar o descontrole da glândula da tireóide.

Dada as explicações iniciais,  citamos uma parágrafo do escrito pelo Dr Stéfano em resposta a uma pergunta que fiz a ele sobre esse tema, Dr Stéfano é médico amigo dos portadores de Hepatite C de um especialista na Unicamp de Campinas.

"...O interferon (tanto o padrão quanto o peguilado) utilizado no tratamento da hepatite C pode desencadear diversas reações autoimunes, sendo que uma das mais importantes é a tireoidite (inflamação na tireóide), que pode levar a disfunção da glândula. Além disso, parece haver uma maior incidência de doenças da tireóide, incluindo hipotireoidismo, em portadores da hepatite C independente do tratamento, mas a causa disso não está esclarecida...

Quanto ao intestino, a falta de hormônios tireoidianos (hipotireoidismo) leva a diminuição do número de evacuações, enquanto que o hipertireoidismo leva a aumento do mesmo, por diversos mecanismos."


Telma Alcazar
Coordenadora do MegLon

Segue um texto esclarecedor sobre a reposição hormonal cedido ao MegLon pelas médicas endocrinologistas do Citen:


Dificuldades na reposição do hormônio da tireóide


Parece simples, tomar um comprimido em jejum para o resto da vida! Essa é a única orientação dada aos portadores de hipotireoidismo, a doença caracterizada pela baixa na produção da tiroxina, ou hormônio tireoideano. O hormônio sintético é perfeito. Tem um preço razoável, é idêntico ao produzido pela tireóide humana, não precisa ser injetável como é o caso da insulina, é tomado apenas uma vez ao dia, logo que se acorda; para as mulheres, pode-se engravidar usando a medicação e também amamentar.

À medida que a glândula tireóide vai perdendo sua capacidade de secretar a tiroxina, as doses de reposição devem atender a demanda progressiva do hormônio e essa fase tem a duração de cerca de um a dois anos. A partir de então, a doença se estabiliza.

É muito fácil tratar o hipotireoidismo, mas em uma pequena parcela de pacientes, a dose hormonal de reposição sobe e desce à medida que oscilam os testes laboratoriais, deixando médicos e pacientes muito aflitos e inseguros com o vai e vem das dosagens. Há várias explicações para o fato e os pacientes devem estar cientes delas, para que consigam fazer uso de doses adequadas de tiroxina.

As principais causas das indesejadas oscilações dos hormônios tireoideanos são a irregularidade na tomada diária do medicamento ou o seu uso próximo ao café da manhã ou junto com qualquer alimento. Além disso, doenças gastrintestinais como gastrites e intolerância ao glúten e à lactose e medicamentos que interferem na absorção e metabolismo do remédio podem interferir na adequação das doses de reposição.

É muito comum encontrarmos pacientes que vinham bem compensados com uma dose fixa de hormônio sintético durante anos, que passam a ter oscilações em seus exames durante o uso de sulfato ferroso para tratamento de um quadro de anemia, ou que passaram a tomar omeprazol ou outro protetor gástrico para tratamento de gastrite.

Algumas situações fisiológicas requerem um ajuste precoce das doses da tiroxina, entre elas, a gestação é, sem dúvida, a mais comum. Faz-se necessário o ajuste precoce da dose do hormônio sintético, uma vez que nos primeiros meses de vida o feto depende exclusivamente do hormônio tireoideano materno. A infância e a puberdade são outras condições fisiológicas de maior necessidade hormonal. Ao contrário, com o envelhecimento, essas necessidades reduzem progressivamente.

Entre as condições patológicas, a obesidade em pacientes com hipotireoidismo pode acarretar aumento das necessidades do hormônio tireoideano. É comum que tenhamos que reajustar as dosagens de tiroxina nesses pacientes. Vale a pena explicar nesses casos, que não foi o hipotireoidismo a causa da obesidade. Pelo contrário, foi o ganho de peso que agravou o hipotireoidismo.

A dosagem dos hormônios tireoideanos não requer o jejum de 12 horas, sendo necessárias apenas 3 horas sem se alimentar. Entretanto, é muito comum o fato das pessoas tomarem o hormônio sintético minutos antes de irem para o laboratório fazer sua coleta de sangue. Isso geralmente resulta em resultados superestimados dos valores dos hormônios tireoideanos. Assim, o melhor a fazer é ir ao laboratório em jejum, mesmo sem a necessidade estrita dele e só depois da coleta, tomar o medicamento.


Fonte : CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional
Rua Vergueiro, 1353, Sala 1905 Torre Norte . Vila Mariana . São Paulo . SP - Telefones: 11 5579 1561 e 3081 4464. CEP: 04101-000

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Exposição Works - Pintor e Escultor DEMVITOR



O Grupo MegLon ajuda a divulgar a Exposição Works - Pintor e Escultor DEMVITOR

       15% do valor das obras serão destinados ao Instituto do Cancer de Londrina
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     A Exposição permanecerá aberta nos dias 02 a 14 de Setembro, boa dica para quem não vai viajar nesse feriadão!