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terça-feira, 27 de julho de 2010

Dia Nacional de Luta contra as Hepatites Virais

Hoje dia 28 de Julho foi escolhido pelo Ministério da Saúde como o Dia da Luta contra as Hepatites Virais em detrimento ao dia já eleito pelos grupos de apoios mais antigos.

Para os Grupos de Apoio aos Potadores de Hepatites Virais não existe uma data em si, porque a prevenção, tratamentos e atenção aos portadores de Hepatites devem ser feitos todos os dias, porém trocar uma data já estabelecida e trabalhada com muito suor pelos grupos é como renegar o trabalho feito pelos grupos que iniciaram a luta, e no mínimo falta de respeito a aqueles que dedicaram suas vidas em busca dos direitos dos portadores.

Deixamos nosso protesto em relação a troca de datas e esperamos que o PNHV juntamente com o MNHV façam o seu melhor nessa data, pois nós deixaremos essa data passar como um dia normal em nossas vidas em agradecimento e respeito a aqueles que realmente estão interessados no melhor para os portadores.

Nós simplesmente lamentamos a atitude do Ministro Temporão, do PNHV e principalmente do MNHV, que  é composto por ONGs que se dizem representantes dos doentes, mas tentam de todas as formas apagar a história de conquistas dos direitos dos portadores de hepatites virais. Se a cada gtroca de overno tentarem mudar a data, não haverá mais formas de unificarmos a luta mundial, e isso demonstra claramente que não existe um barco só nesse oceano, e sim vários barcos a deriva.


Quando somos livres, devemos pesar as consequencias de uma atitude em detrimento a milhares de portadores brasileiros e por isso, nós do grupo MegLon decidimos desta forma.

Deixamos nossos sinceros agradecimentos a aqueles que iniciaram a luta e conquistaram os direitos até agora garantidos a nós portadores de hepatites virais. E para quem não entende nossa atitude, isso se chama lealdade e respeito! Se eu tive acesso as medicações para meu tratamento ou se outros tiveram acesso ao transplante de figado foi porque esses grupos estavam antes de nós lutando pelos meus direitos.


Ninguém jamais conseguirá reescrever a história.


Esperamos que a 17ª Regional de Saúde do Estado do Paraná esteja hoje no Calçadão de Londrina realizando o trabalho que fazíamos nos anos anteriores. Esperamos também podermos contar a vocês que o trabalho do PNHV e MBHV surtiu algum resultado em Londrina sem a nossa participação.

Devemos também citar que o erário publico destinado ao PNHV invariavelmente é gasto com encontros de ONGs e Festinhas do Programa Nacional, segue abaixo um dos convites feitos ao Ministro Temporão para mais uma festinha do trem da alegria das hepatites virais.




















Nós não temos muito a festejar, voce portador tem?


Telma Alcazar
Meglon

PERSPECTIVAS DE APLICAçãO DA GENôMICA NAS HEPATITES VIRAIS



Os recentes avanços na genética aplicada têm propiciado uma melhor compreensão sobre as interações fisiopatogênicas entre o meio ambiente, os agentes infecciosos e os seres humanos, de modo a individualizar o prognóstico de doenças complexas e personalizar o tratamento.
O estudo das variações genômicas e de suas conseqüências fenotípicas constitui a base das áreas do conhecimento conhecidas coletivamente como “OMICs”, que se refere ao estudo abrangente de um processo biológico em um determinado sistema, seja ela uma célula, um órgão ou um organismo.
A tecnologia genômica faz o mapeamento e análise da totalidade da sequênica de DNA (genoma), incluindo o estudo faz interações entre loci e alelos.
A tecnologia transcritômica faz a análise estrutural e funcional da totalidade das proteínas (proteoma) incluindo as moléculas de RNA mensageiro (mRNA), RNA ribossômico (rRNA), RNA RNA transportador (tRNA) e RNA não codificante (ncRNA).
O desenvolvimento das novas tecnologias “OMICs” têm propiciado a descrição de achados altamente significativos, com grande potencial de modificação da abordagem dos portadores de hepatites virais B e C.
Algumas das possíveis aplicações futuras destes novos conhecimentos são listados abaixo:
-Prevenção da evolução para cronicidade: nas infecções agudas pelos vírus HBV ou HCV, com a identificação dos pacientes com maior risco de evolução para infecção crônica, novas estratégias terapêuticas poderão ser usadas;
-Identificação não invasiva de fibrose hepática: o achado de padrões distintos de expressão gênica poderá orientar o desenvolvimento de novos marcadores séricos não invasivos de fibrose hepática significativa/avançada (interação com a Proteômica);
-Prevenção e tratamento da cirrose hepática e de suas complicações: o reconhecimento de assinaturas genéticas específicas poderá identificar os indivíduos com risco aumentado de evolução para cirrose hepática/carcinoma hepatocelular, os quais poderão ser beneficiados com tratamento/rastreamento mais precoce e intensivo. Da mesma forma, espera-se o desenvolvimento de métodos diagnósticos mais acurados para o rastreamento do carcinoma hepatocelular;
-Desenvolvimento de novos fármacos: o conhecimento dos mecanismos intrínsecos envolvidos na fibrogênese, na oncogênese e na resposta antiviral permitirá o desenvolvimento de novos fármacos antifibróticos, antineoplásicos e antivirais, com sítios de ação específicos que possivelmente resultarão em maior eficácia e menos efeitos colaterais;
-Tratamento antiviral personalizado (farmacogenômica):a definição de assinaturas genéticas preditivas de RVS (Resposta Viral Sustentada) e de não resposta à terapia antiviral permitirá a identificação de pacientes que necessitarão de esquemas terapêuticos mais ou menos intensos (doses dos fármacos; adaptação da duração da terapia; necessidade ou não de adição de agentes antivirais diretos, como o telaprevir e boceprevir).
 
Fonte:  Portal das Hepatites
Carvalho-Filho, R.J. Aplicações da Genômica na Abordagem das Hepatites Virais.Moderna Hepatologia.2010;36(1):23-7.