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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Falta de Medicamentos


Pacientes voltam a denunciar o CASE
Data: 12/12/2010

A crise na saúde pública em Sergipe não fica restrita apenas a falta de leitos nos hospitais, a falta de médicos e a inexistência de atendimento de urgência e emergência na pediatria dos hospitais particulares. O CASE (Centro de Atenção à Saúde de Sergipe), de Aracaju, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, responsável por disponibilizar medicamentos de alto custo à população, constantemente é alvo de críticas e denúncias dos usuários de­vido à falta de medicamentos, sem contar com a total desorganização dentro do órgão.
A senhora Maria dos Santos Andrade, que sofre de diabetes e colesterol alto, denuncia que há mais de dois meses tenta obter remédios fundamentais no tratamento, sendo a insulina o principal, mas não consegue. “Apesar de a falta de medicamentos no CASE ser algo normal, pois todos que precisam desse serviço têm reclamações a fazer nesse sentido, nos últimos meses a situação se agravou. Há mais de dois meses que tento conseguir insulina para meu tratamento de diabetes e não consigo. E olha que os pacientes que sofrem desse mal não podem ficar sem tomar insulina”. Ela afirma ainda que não é só no CASE que ocorre este problema, pois nos postos de saúde a situação é a mesma. “Moro no bairro Santo Antônio e não encontro os remédios que preciso nos postos de saúde, muito menos a insulina. Quando chega, tanto no posto como no CASE, é em número insuficiente. Geralmente acaba logo durante a manhã”, diz Maria dos Santos. Ela denuncia ainda a ocorrência de casos muito graves, como transplantados que precisam de remédios imprescindíveis. “Recentemente, na minha via-crúcis por remédios, havia uma senhora que tinha feito transplante de rins e ficou dois dias sem o medicamento para sua recuperação”.
Segundo a denunciante, a falta de medicamentos caros, essenciais no tratamento de doenças graves, causa, além do óbvio agravamento das enfermidades, tumulto e confusões no CASE. “Existem dias, quando tem muita gente desesperada por remédios, que ocorrem discussões entre os usuários e os funcionários, com estes quase sendo agredidos”, afirma Maria dos Santos, que continua dizendo que isto acontece pela desorganização do órgão, “pois além da falta de remédios, ninguém sabe informar nada; ficam jogando de um para o outro o problema”. 
 

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