O número de doadores de órgãos no Brasil cresce cada dia e, com ele, o índice de transplantes realizados no país. Atualmente, o programa público nacional de transplantes de órgãos e tecidos é um dos maiores do mundo. Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica. Neste quadro, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável.
Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem ajuda de aparelhos. O processo de retirada dos órgãos pode ser acompanhado por um médico de confiança da família. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados enquanto há circulação sangüínea para irrigá-los. Mas se o coração parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.
Quando um doador efetivo é reconhecido, as centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde são comunicadas. Apenas elas têm acesso aos cadastros técnicos de pessoas que estão na fila. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade com o doador. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a ser beneficiado. As centrais controlam todo o processo, coibindo o comércio ilegal de órgãos.
Que tipo de doadores existem?
Doador vivo: Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado e parte da medula óssea. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes somente com autorização judicial.
Doador Cadáver: São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (Derrame Cerebral). A retirada é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, pele, ossos e tendão.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?
Fígado, rim e medula óssea.
Como os órgãos podem ser doados?
Em casos de órgãos como coração, fígado e rins, os mesmos são doados após solicitação quando uma pessoa internada em alguma Unidade de Terapia Intensiva é declarada em estado de morte encefálica e notificada (notificação obrigatória) à Central de Transplante do Paraná.
Os Tecidos que não necessitem perfusão até o momento da retirada podem ser doados diretamente pela família como: córneas, valvas, tecido músculo-esqueléticos.
Os Tecidos que não necessitem perfusão até o momento da retirada podem ser doados diretamente pela família como: córneas, valvas, tecido músculo-esqueléticos.
Quais órgãos podem ser doados?
• Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
• Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
• Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas);
• Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);
• Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
• Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
• Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);
• Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
• Pele;
• Valvas Cardíacas
Doadores vivos
A doação de órgãos também pode ser feita em vida para algum membro da família ou amigo, após avaliação clínica da pessoa. Nesse caso, a compatibilidade sangüínea é primordial e não pode haver qualquer risco para o doador. Os órgãos que podem ser retirados em vida são rim, pâncreas, medula óssea, parte do fígado e parte do pulmão.
Para doar é necessário:
• Ser um cidadão juridicamente capaz;
• Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais;
• Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e após a doação;
• Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o rim, e não impeça o organismo do doador continuar funcionando;
• Ter um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante
• Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só poderá ser feita com autorização judicial.
Quem não pode doar?
• Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular;
• Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados;
• Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas;
• Pessoas com tumores malignos - com exceção daqueles restritos ao sistema nervoso central, carcinoma basocelular e câncer de útero - e doenças degenerativas crônicas.
Quanto tempo tem a família para entrar em contato com a Central de Transplantes?
Em caso de doação de córneas, cartilagens, ossos e pele, até seis horas após a parada cardíaca.
Em caso de doação de rins, fígado, coração, pulmão, fígado e pâncreas, que apenas é realizada quando o paciente encontra-se em morte encefálica, diagnosticada no hospital, a família será procurada para se manifestar sobre a doação.
A familia doadora deve informar ao hospital o desejo da doação de orgãos, caso não seja procurada pela equipe responsável pela captação.
Existe limite de idade para doação?
Não existe limite de idade, porém todos os casos de doação são avaliados pela equipe de transplantes quanto à viabilidade dos órgãos.
Como posso demonstrar meu interesse em doar meus órgãos?
Comunicando a sua família ou responsável legal que você deseja doar seus órgãos após morte.
A doação de órgãos deforma o corpo?
Não, a retirada de órgãos é uma cirurgia cuidadosa em que são observados todos os rigores de um procedimento cirúrgico rotineiro.
Quem assina o termo de doação de órgãos e tecidos?
O termo de doação é assinado pelo cônjuge, ou se não houver, por ascendente ou descendente, autorizando a retirada de órgãos e tecidos, para fins de transplantes.
SESA - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO PARANÁ
Adorei a matéria, aprendi muito, mas fiquei incerta se depois de negativada para a hepatite c, posso voltar a ser doadora? Preciso da resposta, pois quero partilhá-la em meu blog.
ResponderExcluirBjus a todos e obrigada pelo apoio.