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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dia 19 maio 2012 - Dia Internacional de Luta Contra a Hepatite C

Conhecendo a Hepatite C


Entre três e quatro milhões de brasileiros podem estar infectados com o vírus da hepatite C!

A hepatite C é causada por um vírus que ataca o fígado de forma lenta e silenciosa, inicialmente sem sintomas físicos para o portador. O vírus pode danificar o fígado da pessoa contaminada, ocasinando, a cirrose e o câncer do fígado. A evolução do dano no fígado é diferente para cada individuo podendo levar entre 30 a 40 anos, quando 1 de cada 4 infectados evolui para cirrose e câncer. O portador de Hepatite C que desconhece estar infectado aparentemente leva uma vida normal, pois a doença na maioria dos casos não apresenta sintomas, senão ao fadiga intensa. Sua vida deve ser uma vida normal e os riscos de contágio na vida social, familiar ou no trabalho são extremamente pequenos quando tomadas algumas precauções. Mas silenciosamente pode estar perdendo o seu fígado.

A maior fonte dde contaminação aconteceu no passado com as transfusões sanguíneas, possibilidade hoje muito reduzida pelos testes de sangue realizados nos hemocentros. Porém atendimentos de saúde, dentistas e  estéticos devem sguir as normas de biossegurança.
O compartilhamento de seringa e agulhas de injeção por uso médico também é coisa do passado, já que hoje se emprega material descartável. Atualmente, os maiores fatores de risco de contaminações são o compartilhamento de utensílios empregados para uso de drogas injetáveis, que representa dois terços das novas infecções e acidentes perfuro  cortantes, inclusive com instrumentos de manicure ou pedicure.

A prevenção é o melhor remédios!

A prevenção é importante, porém é muito importante detectar os milhões de infectados existentes e evitar que evoluam para danos irreversíveis na sua saúde.
É muito importante que você realize os exames específicos de todas hepatites virais antes que seja tarde, todas as pessoas acima de 30 anos devem realizar seus exames.
O teste de detectação, chamado ANTI-HCV é simples, barato, não é traumático(praticamente não dói). É  coberto pelo seu plano de saúde e também são gratuitos e ofertados pelo SUS nos CTAs de sua cidade.
Na próxima consulta médica, converse com seu médico sobre as hepatites e peça seus exames.
Caso o resultado seja positivo, procure assistência médica especializada(hepatologistas ou gastroenterologistas) ou hospitais referência do SUS.
Se o resultado for positico para não acelerar a progressão da destruição do fígado você deve evitar totalmente a ingestão de bebidas alcoólicas e procurar receber as vacinas para previnir as hepatites A e B.

Como evitar o contágio com a Hepatite C?

Infectar-se com o vírus da hepatite C é muito difícil, pois ele somente é transmitido através do sangue contaminado penetrando em um ferimento de outra pessoa.
Já foi comprovado que a hepatite C não é transmissível de mãe para filho(gestantes), inclusive a mãe pode amamentar  e também não é transmissível sexualmente, salvo casos de sexo violento onde pode ocorrer sangramentos de ambos ou em casos de um dos parceiros ter feridas ou uma DST facilitando o sangramento.

Um abraço, um beijo, são sempre bem vindos para quem está doente, não tenha medo de contaminar-se

Ainda não existe vacina contra a hepatite C.

A melhor vacina é a prevenção e os cuidados gerais.

Hepatite C: Chega de mortes!


quarta-feira, 2 de maio de 2012

 A verdade sobre a Saúde no Brasil


Estamos em época pós-eleitoral. As promessas para agradar a 45% da população que manifestou a sua preocupação são mirabolantes, inconsistentes, falsas em sua maioria.

Não será construindo hospitais, utilizando a tecnologia atual para diagnóstico e terapêutica, ou revisando o sistema SUS, ou ampliando o atendimento pela Medicina Suplementar, ou ainda apenas aumentando orçamentos que a solução para a Saúde será encontrada.


O que é preciso é criar um novo modelo de assistência médica.

Este modelo terá que incluir a participação da população que basicamente será responsável pela sua execução, desde a utilização adequada do sistema, seu controle de qualidade e participação nos custos, segundo as possibilidades individuais, uma medida que nenhum político tem a coragem de admitir.

Na verdade quem é o único interessado na sua saúde, claramente o indivíduo, ninguém mais. A simples mudança de formas de pagamento não resolverá o problema: free for service, captação, por desempenho, AIH reformulada, poupança saúde, etc.. O problema começa nas escolas: profissionais malformados, falta de vagas para residência médica, direção vocacional insatisfatória.

A saúde é o bem maior do cidadão, sem ela não há qualidade de vida. Prevenir é a melhor forma de tratar as doenças, a prevenção das doenças cardíacas, das decorrentes da obesidade, das consequências do diabete, e tantas outras são decisivas. Com a longevidade não há projeto de saúde, com o aumento da idade populacional os custos serão insustentáveis.

Para o barateamento dos custos da saúde, os profissionais da área terão que ser remunerados segundo a sua capacidade para que seus honorários sejam justos, para que não se procure complementação via participação financeira, seja em materiais de alto custo, seja na solicitação de exames, para que a decisão de uma intervenção ou tratamento seja o de interesse exclusivo dos pacientes.

Construir novos hospitais, sobretudo os públicos, é ótimo para inaugurações, mas tem prazo certo de inviabilidade e neste caso o sistema salarial impede a contratação de profissionais experientes, qualificados. Dizer que os postos de saúde nos próximos governos serão resolutivos é falácia pura. Preencher os hospitais com equipamentos de alta tecnologia será nada resolutivo, pois faltarão os profissionais.

Se medidas, como as enunciadas, não forem entendidas, devemos esperar a próxima eleição que novas soluções serão propostas.

Certamente que algumas propostas existem, como emenda 29, paralisada no Congresso, que se efetivada aumentará o orçamento, mas que sozinha não alterará o sistema, embora necessária.   As coisas são simples: economizar para remunerar melhor os profissionais e entidades prestadoras de serviço, controle de utilização e de qualidade pelos próprios pacientes e mudança de cultura dos profissionais, com a sua seleção desde os bancos universitários. Medicina é isso, é vocação para uma profissão em quem se defende o bem máximo, a saúde.

Dr. Marcial Carlos Ribeiro

Comendador da Ordem do Médico Nacional pela Presidência da República.

Instituidor da FUNEF.

Ex-Presidente da SBH.


Este artigo foi escrito em novembro de 2010, na eleição anterior. Mudou porque a aplicação da Emenda 29 foi aprovada, sem as implicações de que dela se esperava, e que não vai resolver o problema do financiamento do SUS. As coisas se repetem..., inclusive a corrupção graça...




http://www.hospitalsaovicente.com.br/viewpublish.aspx?Id=57&CodEmp=2